(Araucaria) Tema polêmico - O que esta sendo feito pela LABRE-SP
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Quinta Maio 30 22:15:41 BRT 2013
Pessoal,
Na minha opinião o problemas da falta de associados nas LABREs e a
diminuição do número de Radioamadores no Brasil, não tem nada haver com a
exigência ou não da prova de CW para acesso as classes B ou A.
Aguardávamos a reinauguração da LABRE-SP para tocar nos assuntos abaixo, mas
como o assunto esta fervendo sou obrigado a não me omitir e antecipar
algumas informações e expressar minha opinião pessoal.
A simples extinção das provas não vai resolver os maiores problemas de
qualquer atividade de lazer, leia-se Hobby no Brasil.
1. Falta de uma cultura de experiências com o Lazer das pessoas, não
vejo diferenças entre ser um Radioamador, um Colecionador, um Aeromodelista,
um Modelista, um Ferreomodelista ou etc.....
2. Em comum entre todas as atividades existe a Falta de uma “cultura”
de que atividades de Lazer ou Hobbies para as pessoas, comprovadamente fazem
bem ao “ser humano”, há engrandecimento do espirito e todos os hobbies são
atividades essencialmente sociais, que unem pessoas de diversas idades,
classes sociais, preferencias religiosas e etc em torno de algo comum muito
maior do que os “pre-conceitos” que conduzem os relacionamentos humanos.
3. As LABREs, vem perdendo associados desde a promulgação da
constituição de 1988 onde se deixou de ser obrigatório a filiação a ela para
ter uma licença de Radioamador. A partir dai tornou-se obrigatório que as
associações oferecessem algo aos seus associados o que não foi feito pois
vivia-se da “mamata” da obrigatoriedade. E CONVENHAMOS NADA FOI FEITO DE
EFETIVO E DE FORMA PERMANENTE DESDE ENTÃO ATÉ OS DIAS DE HOJE.
4. As LABREs tem que atuar na formação dos Radioamadores, seja de forma
técnica, operacional e principalmente ética. Dá para mandar dirigir na DUTRA
ou numas das marginais de SP um recém-habilitado?????. A LABRE tem que atuar
na formação e aprimoramento dos Radioamadores antes e depois de terem obtido
a licença, senão eles vão aprender batendo cabeça, errando muito mais do que
deveriam, atrapalhando nas faixas, mas tudo isso na maioria das vezes de
forma inconciente na ânsia de aprender ou de fazer o que não estão ainda
preparados para fazer. Você solta seu filho ao mundo sem lhe dar as
orientações mínimas para que ele sobreviva lá fora. A LABRE tem que agir
como a mãe(Prestes a completar 80 anos) dos Radioamadores.
5. As LABREs tem que ter transparência na sua administração, serem
geridas com empresas, de forma profissional e efetiva visando o
engrandecimento do Radioamadorismo como um todo.
6. A LABRE precisa levar o Radioamadorismo para as Universidades com
cursos técnicos relacionados ao nosso Hobby, precisa investir no
Radio-escotismo como forma de atrair jovens, precisa se aproximar das
escolas, dos órgãos públicos, enfim a LABRE precisar ser o representante da
sociedade civil quando o assunto disser respeito a qualquer tipo de
transmissão por ondas de Radio.
7. Todos sabem o quanto é comum, centenas de Radioamadores se
apresentarem no Rádio como Ex-Diretores, Ex-Presidentes, Ex-conselheiros, ou
Ex-Qualquer Coisa das LABREs e grande parte deveria sentir vergonha de assim
se apresentarem pois são os principais responsáveis pela legitima
insatisfação de 95% dos Radioamadores com as LABREs.
Nos próximos dias a LABRE-SP conclui as reformas físicas de sua sede social,
após um ano de reformas administrativas, jurídicas, fiscais e contábeis,
arrumando a casa em coisas que encontravam-se paradas, sem solução ou
simplesmente abandonadas a décadas.
Teremos ainda pela frente o compromisso de modernizar um Estatuto que
encontra-se totalmente desatualizado, que não obriga e não responsabiliza
efetivamente os dirigentes, onde se permite o nepotismo, que discrimina
radioamadores de classes diferentes para assumir a direção da entidade, mas
que não pede sequer uma pesquisa de SERASA e SCPC daqueles que vão colocar
as mãos das chaves dos cofres da entidade. Queremos a Lei da Ficha limpa na
LABRE Também. Queremos cópias dos IRPF dos dirigentes Eleitos que vão
assumir a entidade. Não me interessa se é um Radiomador conhecido, apoiado
por muitos quero saber o que ele faz na sua vida pessoal, como ganha seu
dinheiro, qual experiência ele possui. Para mim quem nunca ocupou um cargo
na LABRE não pode ser candidato a ser o Presidente ou Vice-Presidente da
entidade e nesse ponto não interessa se ele é Classe A, B ou C ou até mesmo
um SWL associado da LABRE, qualquer um poderá ser candidato a presidência e
vice-presidência se cumprir as disposições estatutárias e tiver experiência
para gerir a entidade. Quem nunca separou um cartão QSL, quem não sabe como
funciona o convênio LABRE-ANATEL, quem não tem conhecimento das rotinas
administrativas da entidade simplesmente não pode dirigí-la.
Vocês podem dizer.. A meu caro aí não vai aparecer nenhum candidato. Ahh
então por conta disso devemos ser omissos ou negligentes?????
Desculpem o desabafo, mas me parece que ficar discutindo se o problemas do
Radioamadorismo Brasileiro se resume a exigência um não de uma prova de CW
de 5PPM que meu filho de 12 anos esta aprendendo ouvindo aulas pela Internet
não vai engrandecer o Radioamadorismo Brasileiro e nem resolver nossos
problemas.
Até o final de Junho, as portas da LABRE-SP estão novamente abertas e todas,
repito todas as reclamações de anos quanto a sua estrutura física,
organização fiscal, administrativa, jurídica e contábil estarão resolvidas.
Todos os departamentos serão entregues operacionais com sala de trabalho
para os diretorias, todos os funcionários foram trocados, um Radioamador foi
contratado para secretariar a entidade. A sede passa ser monitorada 24horas
por dia através de 16 Câmeras, com gravação através de um DVR com HD de 1TB,
todas suas linhas telefônicas passam por uma central com tarifador com
controle de utilização de todos os ramais da entidade e uma central de
alarme gerenciada por empresa externa foi montada gerando inclusive
relatórios de horário de abertura e fechamento da sede, inclusive fora de
horários não permitidos ou pré-estabelecidos com ligação direta com o
Presidente e Vice-Presidente.
A Sede foi adaptada a acessibilidade de pessoas deficientes inclusive com
sanitários adaptados, um auditório com capacidade para 50 pessoas totalmente
montado esta sendo entregue, um museu esta sendo montado, a PY2AA ganhou
Torre e antenas novas e em breve um Setup de Equipamentos de última geração
estará disponível na estação, sala de reuniões, sala de aulas, cozinha,
removeu-se as divisórias eu davam a LABRE-SP ares de repartição pública, o
Departamento de QSL, que esta totalmente em ordem após ter processado mais
de meia tonelada de cartões que encontravam-se abandonados a anos na
entidade
Só tem um problema, o maior deles:
Faltam 10 Diretores nos mais diversos cargos, o Conselho Estadual briga para
ter em suas reuniões 6 abnegados para ajudar a diretoria executiva a tocar a
entidade, faltam membros no conselho fiscal. Na minha primeira eleição como
conselheiro no ano de 1987, então com 21 anos concorri com outros 200
candidatos por uma vaga no conselho da LABRE-SP, hoje faz-se ligações para
conseguir o número mínimo de 10 membros sem nenhum suplente em todas as
eleições nos últimos 10 anos.
Quem faz a LABRE e RADIOAMADORISMO são as pessoas, seus associados, espero
que a partir de meados deste mês de junho tenhamos pessoas interessadas não
só em opinar, criticar e discutir os destinos do Radioamadorismo, mas também
em arregaçar as mangas para trabalhar pelo Radioamadorismo nas LABREs de
todos os Estados.
Saudações LABREanas a todos,
Forte 73,
Marcelo Motoyama – PY2FN
Vice-Presidente da LABRE-SP Biênio 2012/2013
De: araucaria-bounces em araucariadx.com
[mailto:araucaria-bounces em araucariadx.com] Em nome de Edson - PY2ELG
Enviada em: quinta-feira, 30 de maio de 2013 18:25
Para: Grupo Araucaria de Radioamadorismo
Cc: João Gonçalves Costa; Lista QRP-BR
Assunto: Re: (Araucaria) Tema polêmico e SWL report from Sweden
Só um parênteses, que pode estar passando despercebido, classe "C" não exige
o exame de CW.
Existem muitos radioamadores classe "C" felizes da vida.
Entrei no radioamadorismo como classe "B" em Novembro de 1997.
Fui promovido a classe "A" em Fevereiro de 1999, quase dois anos depois.
Confesso que apesar do acesso aos 40m como classe "B" e posteriormente 20m
como classe "A", eu passei muito tempo me divertindo (inclusive em
contestes) nas bandas de 2m e 10m somente.
Não vejo o que um radio operador que não curta ou não consiga aprender "CW"
não consiga se beneficiar dentro do radioamadorismo.
Particularmente a continuidade da prova de telegrafia para as classes "B" e
"A" tem o meu apoio.
Abraço a todos.
73 de PY2ELG
Edson Luis Gonçalez
ARRL Member
LABRE Member
Em 30 de maio de 2013 15:03, PY2ZX <py2zx.ham em gmail.com> escreveu:
Olá Leonardo,
A questão não deveria ser criar facilidades ou dificuldades, mas como
procurar melhorar a qualidade do radioamadorismo diante de um contexto
nacional de péssima instrução básica, reforçando os princípios que
distinguem o radioamadorismo de outros serviços.
Interessante que estes conceitos já foram balizados, embora em linhas
gerais. Na nossa própria Resolução 449 há o preâmbulo que segue as
orientações da UIT:
"O Serviço de Radioamador é o serviço de telecomunicações de interesse
restrito, destinado ao treinamento próprio, intercomunicação e
investigações técnicas, levadas a efeito por amadores, devidamente
autorizados, interessados na radiotécnica unicamente a título pessoal e
que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial"
Destaque ao "investigações técnicas" e "radiotécnica", característica
fundamental do radioamadorismo.
Conforme bem lembrou o Edson PY2SDR, a UIT recomendou temas a serem
exigidos em prova teórica para os radioamadores na ITU-R M.1544.
Conforme o João CT1FBF elencou, países com quesitos de ingresso e
promoção semelhantes podem até mesmo obter reconhecimento mútuo de
licenças com todos os países da CEPT.
O ideal seria a LABRE, no momento que houver a revisão de norma, tivesse
um grupo (voluntários?) que pesquisasse como ocorrem as provas em
diversos países, quais são as disciplinas, as perguntas, quais as notas
de corte, como e quem aplica as provas, quem paga o deslocamento de
examinadores, se há convênios entre as administrações nacionais e as
ligas, se há publicações para estudos, cursos, etc.
Essas deveriam ser as nossas referências, e não apenas se retirar um
quesito baseado em premissas questionáveis, sem objetivar a melhoria na
qualidade do radioamadorismo.
E que e-mail SENSACIONAL este do Ullmar!!! HI! 73!
Flávio PY2ZX
--
Boa noite amigos.
Tenho lido durantes estes últimos três dias a respeito das considerações
sobre a reivindicação da Labre/RJ da eliminação da exigência de prática
de CW nas provas para radioamadores brasileiros.
Me repito: sou a favor que se retire esta prova de acesso.
Acho uma exigência que obstacula muitos radioamadores que, sabidamente,
são expert em vários aspectos de nossa atividade, mas que não conseguem
por motivos particulares, e respeitáveis, de cada um, aprender CW.
Apenas estranhei a forma como os representantes da Labre/RJ abordam o
tema, a as justificativas infundadas para fazê-lo.
Não vejo a retirada do exame de CW como mais um facilitador de pessoas
imediatistas e que hoje em nosso País querem o peixe, e não aprender à
pescá-lo (como deveria ensinar-lhes o Governo).
Por outro lado, vejo com reservas se as provas de radioeletricidade
forem mais severas.
Hoje a maioria dos equipamentos prontos, de transceptores à antenas, são
facilmente encontrados.
A enorme facilidade de encontrar, comprar e receber em casa estes
equipamentos, cria menor demanda de conhecimento deste tema (assim penso).
Temo que o arrocho nas provas de radioeletricidade crie, aí sim, uma
barreira para aqueles que não possuem esta destreza.
Acho francamente que um médico, advogado, auxiliar administrativo, ou
qualquer profissão que nenhuma relação tenha com um ferro de solda, um
resistor ou um transistor, encontre grande dificuldade em aprender esta
disciplina, ainda mais se ele se a prova se tornar mais severa.
Embora seja a favor da extinção das provas de CW, quase afirmo que será
mais fácil um profissional que não um técnico em elétrica ou eletrônica,
aprender CW do que radioeletricidade, seja pelos cálculos que tenha que
fazer, seja pelo vasto conhecimento em outra disciplina que não a que se
milita, ou mesmo pelo fato de CW ser uma matéria estanque, enquanto
Radioeletricidade ter material quase inesgotável, tamanhas evoluções que
vemos a cada dia.
Criar uma facilidade e uma dificuldade em seguida não será mais do mesmo?
Não acho que devamos nivelar por baixo o radioamadorismo, tampouco
elitizá-lo, mas sim cercarmo-nos de cuidados ante uma decisão que
influirá definitiva e profundamente em nossa classe.
Mudando de assunto contudo ainda dentro do tema em tela, tomo a
liberdade de repassar aos amigos, um e-mail que troquei ontem e hoje com
um amigo Radioescuta da Suécia (terra do nosso amigo Thomas), o Ullmar,
em que ele relata que gosta de escutar CW de vários radioamadores de
Países diferentes, de cadências diferentes, e com diferentes manipuladores.
Vejam que bacana o que me diz o Ullmar sobre estas questões.
Tamanho é seu conhecimento, que consegue se deliciar com as diferenças
na forma de manipulação de cada cultura.
Até nisto há diferenças entre as nacionalidades, o que é um exemplo
maravilhoso da pluralidade que temos no mundo.
Que grande sujeito deve ser o Ullmar.
O e-mail do Ullmar é um grande incentivo para que as pessoas se
interessem por aprender CW. Vejam o que podem estar perdendo.
73 from PP1CZ - Leo.
De: Ullmar Qvick [mailto:veriori2000 em yahoo.se]
Enviada em: quarta-feira, 29 de maio de 2013 08:18
Para: Leonardo
Assunto: SV: RES: SWL report from Sweden
My dear Leo:
This is just to thank you for taking time to write this very nice reply
to my SWL report. I am happy and feel honoured that also many very
active radio amateurs write to me, sometimes there is something about
antennas, propagation or other specific matters, but often also a
personal greeting.
No problem that the QSL matter will take time, I know about the
situation in Brazil. Very good of you to send out to different QSL
bureaus, but of course a lot of extra work on your side.
Leo, I remember the old days, back in the 1960'ies when I was listening
to Medium Wave broadcasting stations instead of amateur radio. I heard
many Brazilian stations, and I got some excellent QSLs which are still
in my collection. The best one no doubt was a daytime 250 watt station,
Radio Iracema de Iguatú, which was surely identified only with a big US
handbook, and which was operating on extended schedule that night due to
a football match. I got some good details and my report was confirmed,
the first ever received from Europe. The Director wrote: "When we
announced having received your report in a transmission, many people
came to our station to see the letter, believing it was a joke! In fact
reception is not too good in the outskirts of Iguatú..."
This is in fact a valued QSL for an extraordinary reception.
But these days my only passion in radio is CW on the ham bands. CW is a
language of its own, I never get tired of hearing the different styles,
the straight keys, the Vibroplex bugs, the electronic keys of different
types... I love to hear the individual differences, I can even see a
national pattern in many cases: Russia with its energetic CW style,
Germany with its correctness, Japan with fine behaviour in traffic....
France often with a bohemic style, the British with a "leaning back"
style, just like their handwriting etc. etc.
This will be all, I just wanted to show you my appreciation. Muito,
muito obrigado!
Kind regards from Sweden on a rainy day of Spring.
Ullmar, SM5-1252
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