(Araucaria) Mistérios da RF em 160 Metros

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Segunda Junho 23 16:24:24 BRT 2014


OI Sasso

 

O problema é muito sério, em especial para frequencia baixa. Você pode
queimar o rádio e danificar várias coisas

 

Lembrando como funciona um antena direcional.  O elemento alimentado é
ressonante ou seja ½ onda, o diretor também ressonante porem 5% menor e o
refletor também ressonante 5% mais maior que  o elemento alimentado.

 

Todo circuito ressonante re-irradia 100% da energia recebida menos as
perdas, no caso do Diretor a fase soma com o sinal frontal e no refletor
diminui o sinal frontal resultando em um ganho frontal, portanto o sistema
irradiante se compõe de 3 elementos ressonantes.

 

A distância entre eles é muito importante. Mais perto capta mais energia ,
mais longe menos energia. Em geral a distância mais comum fica entre 0,2 a
0,4 do comprimento de onda entre os elementos, há  antenas com vários
elementos que pode chegar a vários comprimentos de onda, coisa comum em 6m e
2 m.  2x 3x e algumas  antenas chegam a 5 comprimentos de onda

 

Para evitar acoplamento entre os elementos é necessário no mínimo  2
comprimentos de onda. Isso em 28 MHz, representa 20m, em 7 MHz já são 80m,
em 3.5 MHz , já em 160m temos 320 m. No caso de antenas verticais é comum
ter que de sintonizar torres/antenas até 1 KM de distância.   Em 1.8Mhz só
é ata  ‘isolada” se a antena estiver mais de 500 metros de separação.

 

Ë fácil verificar o problema, usando 100W na L invertida, coloque um
wattímetro e uma carga de 50 ohms na dipolo e faça uma medição da potência
dissipara na carga fantasma. Não se assuste se for entre 20  e 40W de
potência  absorvida pelo dipolo. Ë muito comum e muita gente já queimou a
porta de R, linear, tuner, e até outro radio usando duas antenas restantes
em um só sistema.

 

O PY2BW tem um caso curiosos e um calha  comprida no telhado da  casa do
vizinho que era  mal soldada no meio, gerando um tremendo problema de
interferência ao transmitir e muito ruído na recepção. Essa calha ficava a
uns 40m da torre dele mas ressonava em 40 metros, tinha 20 metros de
comprimento e era isolada devido a madeira do telhado. Era um verdadeiro
dipolão.

 

Em frequencia baixa você sempre tem somente um system irradiante composto de
todos os elementos ressonantes.. Isso independe de onde você vai alimentar o
sistema. TUDO IRRADIA AO MESMO TEMPO. Inclusive, cabo de rotor, torre mais
yagi na ponta, tudo perto de ½ onda.

 

Como as torres e  mastros em geral tem de 10 a 20m, e com mais 10 m de cabo
até o rádio, sempre tem um cabo ou uma torre ressonante 80m, 160 e as vezes
em 40m.

 

De sintonizar todas as antenas de TX é um “MUST” em frequencia baixa. 

 

O problema é que a vertical precisa de um bom plano terra, mas funciona
muito bem para DX, já a dipolo, é fácil porque não precisa de plano terra,
porem domina todo o sistema irradiante e não permite o uso de antena de RX. 

 

Se a Dipolo ou V invertida é a sua única opção de antena. Não tem muito que
fazer. Porem um L com um rele  que desconecta o fio vertical, lembre-se que
sem conectar com o terra o elemento fica com ¼ flutuante. E quando o
elemento de ¼ conecta com a terra tornasse um elemento de meia onda pois o
plano terra complementa os ¼ faltante.

 

Com um rele de dê sintonização é possível usar uma antena de RX. Uma Flag,
EWE beverage etc. 

 

Espero ter ajudado.

 

Abraços

JCarlos

N4IS

 

 

 

 

From: araucaria-bounces em araucariadx.com
[mailto:araucaria-bounces em araucariadx.com] On Behalf Of PY2IU Sasso
Sent: Sunday, June 22, 2014 9:34 AM
To: Araucaria DX
Subject: (Araucaria) Mistérios da RF em 160 Metros

 

Bom dia !

Tenho duas antenas para 160 metros, uma dipolo e uma L invertida

A alguns dias adquiri um Elecraft K2 para utilizar em 160 metros.

Nesta madrugada, dado menor dificuldade no manuseio dos cabos, coloquei a
Dipolo no K2 e a L ainda estava no 7600.  

Estava escutando forte  KV4FZ em 1835,6-CW e resolvi tentar com a L. Desligo
o K2, calibro o linear e no inicio a chamada trava uma portadora constante
como um keydow num pica-pau.

Desligo e ligo o radio, tendo de novo, mesma coisa.
Desligo e ligo o radio, tendo de novo, sou teimoso, mesma coisa. Passo o
linear para standby, encerra a portadora.

Coisa de doido, a portadora vem do rádio eu passo o linear para standby e a
portadora encerra ?

Começo a pensar no que fiz de diferente.

Duas antenas isoladas, mas apoiadas na mesma torre e ligadas em 2 rádios na
mesma banda (K2 desligado) no mesmo ambiente. Penso, nada a ver, mais vamos
desligar a dipolo do K2. Adivinhem !!!!! O problema da portadora parou.

Fiz o contato com KV4FZ e Intrigado, comecei a fazer outras observações e
notei que quando  a dipolo esta ligada no K2, o ROE da L é alterado. A L
precisa de um pequeno ajuste pois está com 1:1 em 1805 e em 1850, 2:1. Com a
Dipolo conectada no K2, obtenho na L 1:1  em 1830 e em 1870, 2:1.

Imagino que ao transmitir pela L induz sinal na Dipolo, que desceu pelo cabo
até o shack e isto justificaria o keydow, mas porque quando desconecto o
cabo do K2 o problema desaparece ? Porque altera o ponto de ressonância da L
? 

 

Alguém explica ?

 

Bom Domingo a todos

 

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QRV, Sasso - PY2IU

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