(Araucaria) Resumo da Expedição SA-045
PY4OG J.Marcio
py4og em uol.com.br
Quinta Setembro 1 17:56:07 BRT 2011
Fred e Orlando
Parabéns pela dxpedition, muito interessante o relato e fotos.
Pelo visto consumiram mais repelente que alimento!!
TU pelos Qso´s!
73 J.Márcio PY4OG
Em 1/9/2011 15:15, Luciano escreveu:
>>
>>
>>
>> Resumo da atividade na ReBio Parazinho, em Bailique (AP)
>>
>>
>> Fotos neste link
>> https://picasaweb.google.com/106875652602910486464/BailiqueSA045?authuser=0&feat=directlink
>> <https://picasaweb.google.com/106875652602910486464/BailiqueSA045?authuser=0&feat=directlink>
>>
>>
>> Logs on line : www.qrz.com/db/pq8xb <http://www.qrz.com/db/pq8xb>
>> e www.qrz.com/db/pq8op <http://www.qrz.com/db/pq8op>
>>
>> Chegamos em Macapá no dia 14/08, domingo, à tarde. No aeroporto
>> nos esperavam amigos (.·.) que nos levaram até o hotel.
>>
>> No dia 15, logo pela manhã, fomos recolher as autorizações e
>> informações finais na Secretaria do Meio Ambiente do Amapá (SEMA)
>> e fazer uma visita à Capitania dos Portos, pois a Marinha do
>> Brasil tem sido grande parceira quando solicitada. Após o almoço
>> tivemos uma entrevista com o gerente da Anatel no Amapá,
>> esclarecendo detalhes sobre a expedição e solicitando apoio ao
>> radioamadorismo no Estado.
>>
>> Na terça-feira, dia 16, providenciamos a compra de redes,
>> mosquiteiros, mantimentos, bateria e combustível e no final da
>> tarde partimos para a Vila Progresso a bordo do barco Rey
>> Bendito. Doze horas depois, madrugada do dia 17, estávamos na
>> Vila Progresso, uma das comunidades do arquipélago. Primeira
>> zebra: devido às precárias condições de comunicação não
>> conseguiram avisar de nossa chegada. Dois funcionários da SEMA
>> estavam na Reserva incomunicáveis e o terceiro, que deveria estar
>> nos esperando, estava em outro local.
>>
>>
>> Perdemos a maré da manha. Fizemos compras adicionais, arrumamos
>> duas mesas emprestadas com a comunidade e almoçamos de favor na
>> casa de um senhor. Não há restaurantes lá. Alguns botecos fazem
>> algo para comer apenas a noite.
>>
>>
>> Fomos atrás de uma voadeira e de alguém que nos levasse à
>> reserva, pois se perdêssemos a maré da tarde,já era.
>>
>> Não há lugar para dormir na Vila. Azar total, voadeiras
>> quebradas, fora da vila, etc. Com a maré próxima do
>> maximo, encontramos uma pessoa que nos prontificou a levar,
>> mediante pagamento do combustível e óleo para o motor dois tempos.
>>
>> Ai o funcionário da SEMA apareceu e os dois que estavam na
>> reserva chegaram. Enchemos as duas voadeiras com uns 250 kg de
>> material e combustível e partimos. 40 minutos depois chegamos com
>> a maré ainda alta, sem o que a voadeira não entra no igarapé que
>> dá acesso a casa da SEMA.
>>
>>
>> Já eram 15:30 horas. Corremos. Montamos a Zeppelin com um dos
>> lados pendurado no farol da marinha (35 metros de altura).
>> Descida com 43 metros de linha aberta e ballun 4:1 na base.
>> Montamos a estação principal com amplificador de 400W e acoplador
>> automático que deveria aquentar 600W. Tarde acabando, fizemos o
>> primeiro qso com DL em 20m CW. No segundo QSO, a segunda Zebra, o
>> acoplador explodiu – este é o termo. Ocorreu que um dos toróides
>> evaporou-se. Continuamos a operar com 100W
>>
>>
>> Estreamos as redes e os mosqueteiros na primeira noite na ilha.
>> Um verdadeiro zoológico de insetos voadores e rastejantes,
>> incluindo aranhas enormes.
>>
>> No dia seguinte, a terceira Zebra. Montamos rapidamente a
>> vertical 40-6m da SteppIR, na clareira atrás da casa.O motor
>> girava, masa fita não subia. Descemos a antena abrimos a caixa do
>> motor e verificamos que a fita afrouxou no carretel. Tentamos
>> arrumar amaldita fita a manhã toda, em vão.
>>
>> Creditamos esse problema ao transporte e faremos contato com a
>> SteppIR para ver como se soluciona, para evitar a repetição em
>> ocasião futura.
>>
>>
>> No dia seguinte – já na sexta-feira- transformamos a SteppIR em
>> uma vertical full size para 40m, através da sustentação de um fio
>> no tubo de fibra. A antena rendeu muito bem em 40 e 15m. Na 6ª
>> feira tínhamos duas estações funcionado.
>>
>>
>> A solução para o acoplador foi abri-lo, limpar o pó do toróide
>> explodido. Ele voltou a funcionar. Os toroides esquentavam muito
>> e aparentemente há um problema de qualidade com os mesmos. Sem a
>> indutância referente ao toróide explodido a capacidade de
>> acoplamento diminuiu. Ele acoplava mal em 20m, por exemplo,e era
>> uma penitência ajustá-lo manualmente. Abaixamos um pouco o regime
>> do linear e funcionamos com os toroides esquentando e exalando
>> mau cheiro.
>>
>>
>> Bem, o que deu errado não pode eclipsar o que deu certo. Nosso
>> maior receio era energia. Felizmente o gerador a Diesel marca
>> Frank – Frankenstein – composto de um motor marítimo acoplado a
>> um gerador de 4KVA funcionou impecavelmente. Funcionou 16 horas
>> por dia em média durante sete dias e consumiu apenas 80 litros de
>> Diesel.
>>
>> As pessoas que nos acompanharam na reserva nos ajudaram muito e
>> foram uma família durante a semana que passamos lá. Na subida ao
>> farol nos deparamos com uma cobra, que morava em seu interior; a
>> picada passou perto.
>>
>> Alem de duas picadas de marimbondo, muito doídas, nem um dos
>> expedicionários teve qualquer problema de saúde.
>>
>> A propagação estava muito ruim nos 4-5 primeiros dias de
>> operação. Melhorou um pouco no final, mas não o suficiente para
>> permitir QSO em 10m. Fizemos QSO de 12 a 40m. Foram mais de 7.600
>> contatos. O Orlando (PQ8OP) se empenhou em SSB e o Fred (PQ8XB)
>> em CW, com algumas incursões em fonia. Não fizemos digitais com
>> receio de exigir ainda mais do acoplador que já esquentava em
>> modo intermitente.
>>
>>
>> A maioria dos QSO foi realizada da estação com o linear, na
>> qualnos revezávamos continuamente.É incontestável que o
>> amplificador ajudou muito nesses momentos de vacas magras de
>> propagação.
>>
>> Fizemos QRT no inicio da madrugada do dia 25/08. Embalamos o
>> material e no dia seguinte apenas desmontamos a Zeppelin
>> pendurada no farol.
>>
>> Enchemos uma voadeira e partimos as 08h20minh da manha para a
>> Vila Progresso.Graças a Deus o mar estava calmo, mas mesmo assim
>> fomos devagar devido ao excesso de peso.
>>
>> Na vila Progresso, um dos nossos anfitriões da reserva nos
>> convidou para almoçar em sua casa.
>>
>> Atrasamos alguns minutos e o nosso barco, com uma pontualidade de
>> fazer inveja a inglês, já havia zarpado.
>>
>> Entramos numa canoa motorizada e conseguimos alcançar o barcoem
>> outro trapiche mais a frente.
>>
>> Voltamos para Macapá em uma outra embarcação, o barco Pasco
>> Nunes, que fez a viagem de volta em 14 horas. Chegamos em Macapá
>> às duas horas da manha do dia 26/08.
>>
>> No hotel em Macapá nos deliciamos com banho quente, ar
>> condicionado e comida diversificada.
>>
>> Infelizmente nossa operação no forte São José não aconteceu, pois
>> a autorização não saiu.
>>
>> Passamos dois dias em Macapá confraternizando com os novos amigos
>> que fizemos, entre eles alguns poucos PQ8 que lá residem.
>> Tentamos dar um banho de animo neles para que sejam mais ativos.
>>
>> No domingo, dia 28, retornamos para nossas casas.
>>
>> Agradecemos a todos os que nos ajudaram.
>>
>>
>> O Brasil é um colosso de país. Há tanta diversidade, beleza e
>> gentileza do seu povo que às vezes nem damos conta.
>>
>> Esta experiência foi fascinante e seguramente foi a expedição no
>> lugar mais remoto e incomunicável que jamais estivemos.
>>
>> Fred (PY2XB) e Orlando (PQ8OP)
>>
>>
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