(Araucaria) ENC: O CARTÃO QSL
PY2CX MAURICIO
py2cx em uol.com.br
Sexta Agosto 6 20:33:16 BRT 2010
repassando
O CARTÃO QSL
Uma das mais sagradas instituições no mundo radioamadorístico é a troca de
cartões QSL para confirmar os QSO realizados.
Pelo menos o primeiro QSO deve ser confirmado com um cartão QSL. Situações
especiais como nova faixa, modo ou local de operação podem merecer a remessa
de outro QSL.
No entanto, um QSL deve obedecer a critérios, nem sempre conhecidos de todos
os radioamadores, o que NOS motiva escrever as orientações a seguir.
A primeira coisa que se deve cuidar em um QSL é que ele tenha
todos os itens obrigatórios para que seja válido como confirmação de um QSO
e possa ser aproveitado para diplomas e classificação de estações em
competições como o DXCC:
a) indicativo da estação “dona do QSL”, sempre em destaque
b) dados básicos do QSO
* indicativo da estação trabalhada, preferencialmente em destaque
* data do QSO
* hora do QSO, preferencialmente UTC (ou indicação do fuso)
* freqüência (indicando MHz ou banda)
* modo de operação
* reportagem RST
Todos esses dados devem estar anotados sem borrões ou rasuras,
que invalidam o QSL. Se errou, rasgue o QSL e faça outro.
Outros dados são interessantes de se fazerem constar, apesar de
não obrigatórios, seja para completar informação ou facilitar a utilização,
por parte de quem recebe o QSL, para diplomas e certificados:
* nome do titular do indicativo
* endereço postal do titular e/ou indicação para remessa de QSL
* Grid Locator; coordenadas geográficas
* zonas ITU e CQ
* endereço de e-mail do titular
* validade para algum diploma
* local para indicativo do QSL manager da estação trabalhada
Mas veja, isso é para um QSL normal. Se vai ser um QSL de
expedição, de ativação de ilha, farol ou forte, algumas das informações
opcionais tornam-se obrigatórias, dependendo de qual entidade vai reconhecer
sua operação, por exemplo:
* operação em ilhas: IOTA e AIE: no QSL deve ter o nome da ilha e o
código da ilha em cada entidade
* operação em faróis: ARLHS, WLOTA e AEI: nome do farol, código do
farol e, se em ilha, nome e código da ilha
* operação em fortificações: AEI: código da fortaleza
Agora você vai cuidar da “arte” de seu QSL. Nesse ponto entra toda sua
criatividade, mas procure evitar fotos ou desenhos que provoquem qualquer
constrangimento a quem vai recebê-lo. Não use caricaturas que denotem
qualquer preconceito nem fotos de pessoas nuas ou com pouca roupa (lembre-se
que seu QSL vai rodar o mundo e os costumes de outros povos são diferentes
dos nossos). Se pertence a alguma entidade radioamadorística, coloque seu
logotipo no QSL, mas antes certifique-se que não há restrições quanto ao seu
uso.
Antes de mandar imprimir, faça uma prova e veja se texto e fotos não
encobrem um aos outros e se o texto fica legível, considerando tamanho da
fonte e cor.
As dimensões recomendadas para um QSL são: largura 140 mm e altura 90 mm. O
formato postal já foi muito utilizado, mas encontra-se em desuso.
A gramatura do papel do QSL deve ser de 250 g/m2. QSL em papéis muito finos
danificam-se facilmente no manuseio dos bureaux e no arquivo dos
destinatários. Os confeccionados em papel mais grosso tornam mais cara a
remessa, tanto via direta como via bureau, que também se utiliza dos
correios para envio dos cartões.
É essencial que você envie os QSL. Nada de somente retribuir QSL recebido.
Tome a iniciativa de enviar os seus, independentemente de receber o do
colega.
Não se esqueça de enviar um exemplar de seu QSL para o Arquivo Histórico do
Radioamador Brasileiro (www.radioamador.org.br
<http://www.radioamador.org.br/> )
73
Orlando Perez Filho .·. PT2OP
Diretor de Radioamadorismo
LABRE Nacional
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