(Araucaria) RES: Amplificador de potência: usá-lo ou não usá-lo
Walter Gomes Filho
pp5wg.walter em gmail.com
Quarta Agosto 31 13:48:16 BRT 2016
FRED E ATILANO,
OBRIGADO POR TRAZER SEMPRE LUZES ÀS NOSSAS DISCUSSÕES.
73s
WALTER
Em 31 de agosto de 2016 11:28, py5eg <py5eg em iesa.com.br> escreveu:
> Ola Fred
>
>
>
> Excelente contribuição com um view point diferente daquele discutido em
> nosso grupo whatsapp nesta semana
>
> Como é um assunto muito interessante, recomendo aos leitores visitarem o
> link abaixo que traz uma definição de potencia RMS muito didática.
>
> http://py.qsl.br/pepxrms.htm
>
>
>
> também alguns comentários práticos circulados no Grupo
>
>
>
> Art. 7º Os limites de potência são os estabelecidos a seguir:
>
>
>
> I - A potência na saída do transmissor de uma estação do Serviço de
> Radioamador quando operada por Radioamador Classe A, deve estar limitada a
> 1.000 watts RMS, exceto na faixa de radiofreqüências de 10138 kHz a 10150
> kHz (faixa de 30 m), que deve estar limitada a 200 Watts RMS Ha questao de
> uns 3anos o Miguel PY3MM me acompanhou em uma missao em que necessitavamos
> um entendimento claro do que definia a norma Brasileira que a epoca definia
> como potencia maxima permitida como maxima media de saida e estaria sendo
> modificada para “POTENCIA RMS”.
>
> Na letra fria da lei muitos dos que criticam o excesso de potencia de
> alguns estao operando fora do regulamento. Quantos de nos , operadores de
> DX em 30 metros estao realmente operando com a potencia maxima de 200 watts
> naquela banda?
>
>
>
>
>
>
>
> Antes que cheguemos a conclusões apressadas vamos refletir. Muitos de nos
> quando apregoamos a obediência, as vezes estamos desobedecendo aquilo que
> apregoamos.
>
> Recomendo ler o artigo do PY3CRX NO LINK ABAIXO
> http://py.qsl.br/pepxrms.htm . Chega-se a conclusao que a potencia RMS DE
> UMA DETERMINADA MESMA ESTACAO PODE VARIAR:
>
>
>
> 1) A voz do operador que pode ter uma forma de combinacao de frequencia e
> tonalidade que pode representar ganho ou perda se potencia RMS
>
> 2) A quantidade de compressao utilizada pode promover maior ou menor
> potencia RMS
>
> 3) A atuaçao do ALC pode influir
>
> 4) o medidor de potencia que vc pode estar usando pode ter ou nao
> velocidade suficiente para medir os picos ou pode ser um wattimetro próprio
> para mensurar potencia de pico
>
> 5) Se estiver sendo usado um equalizador tambem havera influencia na saida
> de áudio
>
> OUTROS FATORES MAIS TECNICOS PODEM TAMBEM INFLUENCIAR a potencia RMS OUTPUT
>
>
>
>
>
>
>
> *De:* araucaria-bounces em araucariadx.com [mailto:araucaria-bounces@
> araucariadx.com] *Em nome de *Fred Carvalho
> *Enviada em:* quarta-feira, 31 de agosto de 2016 10:49
> *Para:* Araucaria DX Group
> *Assunto:* (Araucaria) Amplificador de potência: usá-lo ou não usá-lo
>
>
>
> Houve uma acalorada discussão no grupo Whatapp da Araucária sobre potência
> de saída usada em contestes, limites da legislação brasileira, ética e
> outros.
>
> Gostaria de dar uma contribuição e trazer um ângulo, em especial, em
> perspectiva.
>
> Apenas comento que ética deveria ser quase um sinônimo de radioamadorismo
> e não há o que se dizer sobre condutas antiéticas no rádio. Todas são
> deploráveis.
>
>
>
> *Potência máxima média de saída permitida no Brasil*: Nossa legislação
> diz que são 1000w na maioria das bandas, mas deixa espaço para
> interpretação de como medir esta potência e em que modo de operação ou
> regime seria feita a medida. No meu entendimento o legislador tinha em
> mente usar portadora continua (CW) na saída do transmissor, a qual
> produziria um valor continuo médio, de como medido por um wattímetro BIRD,
> devidamente ajustado à carga, por exemplo. Matematicamente é a
> multiplicação dos valores RMS de corrente e tensão que produziria a
> potência média contínua. Não quero entrar na essência da medida, mas
> intrinsecamente é associada ao mesmo calor gerado na carga pelo produto de
> corrente-tensão DC.
>
> Tenham em mente que se um fiscal da Anatel for medir a potencia de saída
> do seu transmissor, provavelmente vai colocar uma carga fantasma e um
> wattímetro, nas condições descritas acima, em detrimento de qualquer
> discussão ou interpretação sobre a potência média máxima de saída do
> equipamento.
>
>
>
> *Porém meu foco não é este e sim a utilização de potência para
> comunicação, dentro dos limites de sua licença.*
>
> Há uma diretiva da ITU que diz que se deve usar a apenas a potência
> necessária máxima para que a comunicação se efetue convenientemente. Fato,
> porem esta potência “máxima mínima”, que mantem uma comunicação eficiente,
> vem numa crescente há muitos anos.
>
>
>
> Não há duvida que os níveis de ruído ambiental tenham aumentado muito.
> Fala-se em incremento de 10dB a cada 10 anos, nos centros urbanos. Um dos
> remédios para que se possam manter os níveis de potência baixos tem sido o
> avanço tecnológico, paradoxalmente o mesmo responsável por aumentar o nível
> de ruído ambiental. No nosso caso, o JT65, por exemplo, permite OSOs com
> potências muito baixas, mesmo com um “noise floor” mais alto. Porém, nos
> modos convencionais, não havendo como melhorar o sistema irradiante, só
> sobra aumentar a potência. Associações de radiodifusão (radio e TV) têm
> falado abertamente em aumento de potência, para compensar a dificuldade de
> recepção da audiência.
>
>
>
> Outro fator, que nos leva a aumentar a potencia, para manter uma
> comunicação confortável, é a piora da propagação via ionosfera, que estamos
> presenciando nos últimos ciclos solares.
>
> Eu me recordo que no WRTC de Florianópolis, em 2006, foi preconizado o uso
> de amplificador, pela primeira vez, pois as estações estariam muito
> distantes dos maiores centros (EUA, Europa e Japão), numa época de
> propagação muito ruim. Foram utilizados amplificadores de 800W nas 50 e
> tantas estações do evento, por absoluta necessidade.
>
>
>
> Os amplificadores se modernizaram, são cada vez menores e mais eficientes,
> mais baratos e pela mesma potencia consumida da rede, entregam mais watts.
>
>
>
> Portanto o uso de potência deixa de ser uma vaidade, uma exibição, um
> exagero, para ser uma necessidade.
>
> Há sempre um ou outro que se refere a colegas que usam potência, quando
> necessário, de maneira pejorativa ou inferem que há exagero. É cada vez
> menos o caso. Operar com potência mais elevada em banda baixa, já é uma
> necessidade desde sempre. Usar QRO em EME é necessário “matematicamente”.
> Usar potencia para furar um pile-up denso, eleva consideravelmente as
> chances de sucesso de QSO. Usar potência elevada no “fundo do poço” da
> propagação em bandas altas se faz e se fará necessário, e assim vai.
>
>
>
> Potência é apenas mais um recurso que deve ser usado com inteligência,
> sobriedade e ética. Resumo da ópera: não há nada de mal nisto.
>
>
>
>
>
>
>
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>
> Fred - PY2XB
>
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