(Araucaria) RES: [Spam] Re: Where do we go next?

[Leonardo]

Bom dia Rodrigo.

Embora um pouco atrasado, grato por sua colocação.

 

Acho a diversidade uma das coisas mais interessantes que nós, seres humanos,
podemos conhecer.

Estou em Istanbul, e volto hoje para o Brasil, e uma das mais interessantes
visitas que fiz aqui neste belo País foi conhecer a Mesquita Azul, um Templo
Sagrado para os Muçulmanos.

Um lugar maravilhoso, aberto à visitação.

 

Uma religião tão bonita, com bilhões de fiéis em todo o mundo, e que, para
mim, numa primeira vez numa Mesquita, foi emocionante.

 

A diversidade entre nós deve ser encarada como uma qualidade, antes de tudo,
e com respeito.

 

Forte 73 de PP1CZ - Léo.

  _____  

De: araucaria-bounces em araucariadx.com
[mailto:araucaria-bounces em araucariadx.com] Em nome de Rodrigo PY4ZE
Enviada em: quinta-feira, 28 de junho de 2012 09:58
Para: araucaria dx group
Assunto: [Spam] Re: (Araucaria) Where do we go next?

 

Bom dia, Léo.
 
Gostaria de parabenizar pelo seu texto, devemos colocar em praticas alguns
principios para termos uma boa convivência harmoniosa em grupos, levando em
conta que cada ser humano é único.....
 
*Respeito: Ação ou efeito de respeitar ou respeitar-se.
 
*Tolerância: Direito que se reconhece aos outros de terem opiniões
diferentes ou até diametralmente opostas às nossas.
 
*Diversidade: 1- Qualidade daquele ou daquilo que é diverso. 2 Diferença,
des­semelhança: Diversidade de interpretações.
 
*Consciência: Capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos
morais e aplicá-los nas diferentes situações. 2 Rel Testemunho ou julgamento
secreto da alma, aprovando ou reprovando os nossos atos.
 
 
 
 
 
73´s  Rodrigo PY4ZE
GG67qq  Jacutinga-MG  Brazil

qrz.com/py4ze <http://www.qrz.com/db/PY4ZE> 
MSN: py4ze em hotmail.com 
 

  _____  

From: pp1cz em terra.com.br
To: araucaria em araucariadx.com
Date: Thu, 28 Jun 2012 05:07:58 -0300
CC: dxbrasil em googlegroups.com
Subject: (Araucaria) Where do we go next?

Bom dia amigos.

 

Ainda estou em Istanbul, onde vim à trabalho.

Antes de vir para cá, estive em Friedrichshafen, Alemanha, aproveitando a
viagem a Turquia, e participei do Ham Meeting anual que ocorre naquela
cidade.

Foi uma experiência incrível. Nunca havia participado de um encontro de
radioamadores fora do Brasil, portanto esta minha primeira experiência me
deixou uma impressão muito bacana.

 

Em várias conversas que tive, e não foram poucas, encontrei com amigos do
Brasil e de todo o mundo lá. 

Até o Alex – PY2SEX, que não tivemos oportunidade de nos conhecer no Brasil,
somente via rádio, tive esta satisfação. E que figuraça é o Alex, um bom
bate-papo, divertidíssimo e um amigo deveras simpático.

 

Nestas conversas, houve uma que me chamou muita atenção, com um radioamador
alemão, Dieter - DJ7BU, onde ele relatou a grande dificuldade da renovação
dos radioamadores em todo o mundo, principalmente na Europa. Me disse o
Dieter: Leo, estamos envelhecendo, e não temos conseguido renovar nossas
fileiras. 

Me destacou o Dieter que um dos fatores que mais influenciam, além dos
atrativos modernos como Internet, vídeo games, etc., é o fato de os
radioamadores que vivem nas cidades terem muita dificuldades em instalar
suas antenas. Brigas com vizinhos, falta de espaço, descriminação, enfim,
todos os tipos de problemas são enfrentados por aqueles que, ao menos aqui
na Europa, tentam instalar suas antenas e manter suas estações ativas.

 

Depois desta conversa, passei à refletir sobre este tema e fiz algumas
constatações, e as enumero:

- Passei à verificar nos radioamadores presentes no Encontro: em sua
esmagadora maioria, já de cabelos brancos (isto quando ainda tinham
cabelos), incluindo à mim. De fato, estamos envelhecendo.

- Lembrei-me de algumas visitas, desde a minha primeira viagem para a
Alemanha, em 1993, quando não entendi porque o meu amigo que me hospedou,
Kazik – DJ0MCZ, usava uma antena móvel, feita na Austrália, chamada
Outbacker, fixada num cabo de vassoura e que ele colocava na varanda do
apartamento quando queria falar, um arranjo tosco. Lembrei também que
conheci um radioamador muito ativo, amigo do Kazik, e que não tinha estação
em casa, somente móvel, mas seu carro era um verdadeiro Shack, com chave de
antena no porta malas do carro, baluns, etc. Até amplificador ele tinha, com
uma bateria reserva para tocá-la. Lembrei também de um grande radioescuta
que visitamos, hoje já SK, que desde a II Grande Guerra, nunca havia pensado
em ser radioamador, e suas antenas eram todas de fio, paralelas ao muro de
sua casa, dando voltas e voltas. 

Quanta dificuldade que eles encontram, não muito diferente de nós,
radioamadores brasileiros, mas ainda assim levamos muitas vantagens sobre
eles.

 

Agora, se tem uma coisa que me chamou atenção, deveras, foi o momento que
vivemos no radioamadorismo brasileiro, para fazer uma analogia.

Fato para ser comemorado. 

 

Nosso país está em evidência em todo o mundo, e tenho sentido isto em cada
visita que faço fora do Brasil. Anos atrás eu ia em Feiras de Elevadores e
poucos se interessavam em passar maiores informações sobre seus produtos,
pois conheciam as dificuldades burocráticas e financeiras pela qual
passávamos. Hoje eles têm plena consciência da pujança atual de nossa
economia, da estabilidade, etc. E no radioamadorismo? Somos hoje o segundo
país em participação no DX-Marathon. Somos, talvez, um dos que mais cresce
em presença nas Bandas, nos Contestes, e nas várias modalidades de nossa
atividade.

Nunca tivemos ou vivemos, nestes meus 27 anos de radioamadorismo, um momento
tão maravilhoso em nosso hobby como o que eu presencio agora.

 

Bom mas agora... agora temos vários outros problemas.

Como assim temos problemas?

Amigos, estamos renovando nossas fileiras e sou testemunha cabal disto, pois
vi e ouvi três maravilhosos jovens dando um show no ARRL 10 Meters de 2010 e
2011: Bia e Dudu, filhos do PP5JR Sérgio, e Vitor, filho do Mauro – PP5MCB.
Não são promessas não, já são a realidade do nosso radioamadorismo. Quais as
suas idades? entre 13 e 15 anos.

Temos que comemorar!!!

 

Comemorar? Será?

 

O título de meu e-mail, tirado do Livro do Martii Laine – OH2BH, grande
DX-Pedicionário, que me deu vários novos países, é justamente para
refletirmos o que será do radioamadorismo daqui para frente. Embora o título
do livro versa sobre onde mais haveria algum país novo à ser aberto, mas o
nome vem à calhas. Eu até modificaria o título do Best Seler do Martii:
Where do we want to go next? – Para onde queremos ir agora.

 

Desde a Alemanha e agora na Turquia, tenho passado rapidamente o olho nos
e-mails em nossa lista e, francamente, em nada me agrada e tenho certeza de
que também não agrada à grande maioria.

 

À mim não interessa se existem tendências, correntes, inimizades (o que é
lamentável) opiniões pessoais contra quem quer que seja, etc.

Não quero ser polêmico, mas também não tenho e tampouco quero ter uma
postura parcial ou fazer juízo de valor, mas os problemas que temos visto
acontecer, não apenas em nossas listas, está dividindo o radioamadorismo
brasileiro.

E porque. E pra que? Quem ganhará com isto?

Quem ganhará não sei, mas já falei isto aqui em nossa lista: Todos
perderemos. Aliás, todos já estamos perdendo.

 

Lastimável é o único adjetivo que vem ocorre. Lastimável.

 

Entre os que presencio se digladiarem, vejo grandes radioamadores que
orgulhariam qualquer país tê-los em seus times. Grandes amigos meus e uns
dos outros, que outrora se abraçavam, se confraternizavam, hoje se acusam,
apontam o dedo um no rosto do outro, atiram toda sorte de ofensas.

Os dois maiores Grupos de Radioamadorismo brasileiros não podem se opor.
Eles não são excludentes. Fazer parte de um não torna um radioamador
antagônico do outro grupo. Temos que cerrar fileiras para o engrandecimento
dos dois grupos e todos ganharemos.

 

Existem diferenças? Qual classe não as tem.

Existe alguma irregularidade? Por que não o diálogo sereno, sério e de
resultados?

 

O que não pode haver são as acusações públicas, ofensas, trocas de farpas,
com a minha antecipada desculpa se eu ferir suscetibilidade.

 

Para onde vamos, segundo o título do Martii Laine, que nada tem à ver com o
assunto que vivemos, mas apenas parafraseando-o, será uma decisão só nossa. 

Me repetindo num e-mail anterior, talvez seja o nosso “complexo de cachorro
vira-latas” na sátira frase de Nélson Rodrigues.

 

Torço para que chegue o dia em que viveremos a paz e de celebração de nossos
feitos, nossas glórias, e não as atuais ofensas.

 

Conclamo os grande radioamadores que temos à fazermos uma cruzada pela paz,
por dias melhores, mais amenos, e que nossas diferenças, quando existirem,
sejam dirimidas em âmbito restrito, de forma educada, diplomáticas, de
homens civilizados que somos, sem que as opiniões particulares possam
macular a imagem de quem quer que seja.

 

Com minhas antecipadas desculpas e um Forte 73 à todos, indiscriminadamente,
pois graças à Deus sou amigo vocês e os prezo muito.

PP1CZ - Léo.

 


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