(Araucaria) Smart grid: o novo nome do PLC
PY3IT André
py3it.andre em gmail.com
Quarta Abril 18 20:12:35 BRT 2012
Olá pessoal,
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O PLC não está morto.* Está cada vez mais forte, desta vez com o nome de *Smart
Grid*.
O PLC é um sistema de transmissão de dados pela rede elétrica. A rede
elétrica não é foi projetada pensando em utilizá-la como meio de trânsito
de dados, por isso, explicando de forma simples, causa interferência nas
comunicações de rádio; afetando sem distinção comunicações de emergência
(polícia, bombeiros, serviço marítmo, aviação), broadcast em ondas curtas e
também radioamadores.
Separei uma matéria, publicada no site Inovação Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=redes-energia-eletrica-inteligentes&id=010115120418
André PY3IT
Brasil prepara adoção de redes elétricas inteligentes
Com informações da Agência Brasil e CGEE - 18/04/2012
[image: Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes]
Ainda há controvérsias sobre o impacto das redes inteligentes de
eletricidade sobre as camadas mais pobres da população. [Imagem: UCLA Smart
Grid Energy Research Center]
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Desperdício de energia*
Quinze de cada 100 quilowatts da energia elétrica produzida no Brasil se
perdem entre a geração e o consumo.
De acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a proporção é mais do
que o dobro da registrada em outros países, que chega aos até 7%.
O desperdício sozinho fica acima da oferta interna de energia de origem
térmica, com base em carvão, gás, petróleo e energia nuclear, que somam
14,4%, segundo o Balanço Energético Nacional.
A perda de energia levou o CGEE a fazer um amplo estudo sobre o uso de
redes inteligentes (ou *smart grids*, como são mais conhecidas em inglês)
para gerenciamento da geração, transmissão, distribuição e consumo de
energia elétrica.
A tecnologia pode informar em tempo real, por exemplo, a ocorrência de pane
e a eventual suspensão do fornecimento.
"Quando cai a energia, qualquer que seja o motivo, você liga para a
concessionária. Pelo *smart grid*, isso passa a ser automático, não precisa
ligar", explica Ceres Cavalcanti, pesquisadora do CGEE.
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*Vantagens das redes inteligentes de energia*
Além das concessionárias, o uso de redes inteligentes permite que os
usuários façam o controle do consumo diretamente.
No futuro, quando houver tarifa diferenciada conforme o horário, os
medidores domésticos informarão quanto está sendo gasto a cada momento e o
valor das tarifas cobradas.
De um lado, afirma-se que isto dará a possibilidade de o consumidor
utilizar os eletrodomésticos em horário de tarifas mais baratas. De outro,
porém, alguns especialistas afirmam que este é um benefício que só vale
para o setor industrial, mas não para os consumidores domésticos, que não
têm como controlar seus aparelhos ou mudar seus horários de uso.
Uma possibilidade menos controversa é tornar o consumidor credor do sistema.
Por exemplo, quem captar energia
solar<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/meta.php?meta=Energia%20Solar>em
casa, por exemplo, poderá ter desconto nas tarifas, pois a rede
inteligente identifica a geração doméstica de energia.
"Hoje, a informação do sistema elétrico é direcional. Com o *smart grid*,
passa a ser bidirecional. O consumidor passivo passa a ser ativo e vai ter
vários tipos de serviços," diz Ceres.
[image: Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes]
Um item com presença obrigatório na pauta de discussões sobre o
fornecimento de eletricidade no futuro são os carros
elétricos<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=dilema-baterias-abastecer-carros-futuro&id=010170100122>.
[Imagem: Green Car Initiative]
*Eletrodomésticos e carros elétricos*
Para a pesquisadora do CGEE, a adoção das redes inteligentes vai gerar
negócios para a indústria de componentes do sistema elétrico e também para
a área de tecnologia da informação e comunicação.
"Vai gerar um mercado muito bom para a indústria. E isso tem vários
desdobramentos no sentido de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Tem
uma série de linhas de pesquisa que podem vir a partir daí," destaca.
Uma das possibilidades ficou demonstrada recentemente por uma pesquisa
realizada na Unicamp, que demonstrou que as geladeiras domésticas, um dos
principais itens de consumo doméstico, poderiam ser gerenciadas, isto é,
ligadas e desligadas em determinados horários, sem prejuízos de sua função
principal.
- Geladeiras inteligentes poderiam ser desligadas nos horários de
pico<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=geladeiras-inteligentes-desligadas-horarios-pico&id=010125110906>
Outro item com presença obrigatório na pauta de discussões sobre o
fornecimento de eletricidade no futuro são os veículos
elétricos<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/meta.php?meta=Ve%C3%ADculos%20H%C3%ADbridos%20e%20El%C3%A9tricos>
.
Uma pesquisa na Alemanha mostrou que os carros elétricos, em vez de
simplesmente representarem mais uma categoria de consumidor, podem na
verdade viabilizar a adoção de fontes de energia
limpa<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=carros-eletricos-viabilizam-energia-limpa&id=010170100729>
.
Outro estudo, este realizado nos Estados Unidos, mostrou que os carros
elétricos usados em meio urbano, a exemplo do que já acontece com seus
antecessores a gasolina, ficarão a maior parte do tempo estacionados.
Isso significa, segundo o Dr. Willett Kempton, que os carros elétricos
poderão fornecer eletricidade para a rede de
distribuição<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=carros-eletricos-fornecem-eletricidade-para-rede-de-distribuicao&id=010170071211>
.
As possibilidades são tantas que muitos especialistas na área não hesitam
em falar de uma "Internet da
energia"<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=-internet-da-energia--vai-descentralizar-geracao-e-transmissao-de-eletricidade&id=010115080915>,
capaz de descentralizar a geração e a transmissão de eletricidade.
[image: Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes]
A busca por fontes de energia limpa está levando os pesquisadores a
sonharem com uma Sociedade do
Lítio<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sociedade-do-litio-agua-mar-hidrogenio&id=010115100601>.
[Imagem: ChemSusChem]
*O outro lado da moeda*
Os especialistas brasileiros já visitaram a Alemanha e a Inglaterra, onde
estabeleceram parcerias com as entidades distribuidoras de energia desses
países, já bastante adiantados em direção às redes inteligentes de
distribuição de energia.
Talvez por isso, é justamente de lá que veem as primeiras preocupações com
a adoção de novas tecnologias na área.
Embora os "gatos" apareçam sempre taxados como ações criminosas, o
professor Steve Thomas, da Universidade de Greenwich, aponta que as novas
tecnologias na área na verdade representam uma "ameaça à saúde e ao
bem-estar das pessoas que vivem em áreas residenciais mais pobres e mais
vulneráveis".
Ele aponta sobretudo para o "outro lado da moeda" dos medidores
inteligentes, que estão sempre conectados com a concessionária.
O problema, segundo o pesquisador, é que a troca de dados é de mão dupla, o
que permite, por exemplo, que a concessionária altere o preço da energia
conforme a a demanda, o que pode nada ter a ver com o consumo diário de uma
casa.
Segundo ele, os aventados benefícios dos medidores inteligentes - leituras
mais precisas, estimativa dos gastos em energia do mês e monitoramento do
próprio consumo - poderiam ser alcançados por meio mais simples e mais
baratos.
Para ele, enquanto na indústria o conceito é bem-vindo, já que as empresas
podem mudar o turno de operações se a energia encarecer em determinados
horários, para as residências isso significará uma "destruição de consumo".
Isso, segundo Thomas, porque as famílias não podem mudar o horário do banho
ou o aquecimento para o meio do dia, simplesmente para terem descontos, e,
ao contrário da indústria, não possuem um funcionário monitorando
continuamente o preço da energia para poderem tirar vantagens disso.
[image: Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes]
O setor de energia
limpa<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=energia-limpa-alternativa&id=020175110415>já
deixou de se restringir a aplicações em nichos específicos, para se
transformar em uma indústria mundial na primeira década do século XXI.
[Imagem: Chandra Marsono]
*Redes inteligentes no Brasil*
O trabalho que está sendo produzido pelo CGEE, será a primeira etapa da
proposta do grupo de especialistas e compõe uma das metas da Estratégia
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Brasil já conta com alguns estudos relativos ao tema *Smart Grid* em
andamento. Entre eles, o da Associação Brasileira dos Distribuidores de
Energia Elétrica (Abradee), em conjunto com a Associação de Empresas
Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações
(Apel), ambos coordenados pela Aneel.
Esta iniciativa propõe um plano nacional para a migração tecnológica do
setor elétrico brasileiro, da atual posição, para a adoção plena do
conceito de Rede Inteligente.
O estudo, que conta com a participação de mais de 63 concessionárias
brasileiras, deve ser concluído no final do ano.
Algumas concessionárias públicas de energia, como a Cemig, a Light e a
Eletrobras, também fazem pesquisas e projetos na área.
O projeto *Smart City* (Armação de Búzios - RJ) é uma iniciativa nacional
das empresas Emdesa/Ampla, parecida com o projeto desenvolvido em Magália,
região da Espanha.
A versão fluminense receberá R$ 30 milhões nos próximos dois anos para
instalar iluminação pública abastecida por painéis solares e
miniaerogeradores, medidores inteligentes e carros elétricos.
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia) investirá R$ 215 milhões
em três anos para implantar tecnologias que incluem sistemas de telemedição
(que atingirão 25 mil clientes até 2013), maior mobilidade ao enviar
informações para eletricistas por meio de palmtops e instalação de chaves e
equipamentos que flexibilizem e agilizem os centros de operação do sistema,
caso haja problemas nas redes (já são mais de 2.000 chaves instaladas e,
até 2013, serão pelo menos 5.000 pontos telecomandados).
"A oportunidade no mercado de trabalho é imensa e as empresas de energia
estão de olho nela. A demanda é grande e tende a aumentar," conclui Ceres.
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