(Araucaria) (sem assunto)

FERNANDO py5fo em ig.com.br
Sábado Junho 4 14:47:53 BRT 2011


Opz WALDIR
Que beleza será sempre bem vindo. Vou transmitir seu abraço pro canil.
Mudando de papo estou tentando eu disse tentando algum contato no ALABAMA
QSO PARTY
Começou agora as 13 hs.
Sei que pela minhas condições vai ser muito dificil quase impossivel mas
como sou insistente teimoso não vou desistir. Um dia ainda vou montar uma
estação. AHAHAHAHA
Saudações.
Fernando PY5FO



Em 4 de junho de 2011 14:25, WALDIR SOARES <py2wc em hotmail.com> escreveu:

> Olá Fernando!
>
> Creio ser ele mesmo, sabia o nome correto mas a velha careca EMBURRECEU-SE
> kkkkkkkkkkkkkk, o Fred que mandou a apostila como presente deve saber
> corretamente, assim descobrimos mais um nome de peso, que em algum momento
> oportuno poderá fazer a diferença à nosso favor!
>
> Lembranças familiares a todos do CANIL, no próximo ano estarei ai com
> voces!
>
> Ao Fred PY2XB, grato pela info.
>
> 73
>
> PY2WC - WAL KRK - *PS. HOJE POR VOLTA DA 20:00HS, AV. PAULO FACCINI,
> ALTURA DO 458, GUARULHOS -PIZZA COM VINHO E BREJA CASEIRA.
>  *
> ------------------------------
> Date: Sat, 4 Jun 2011 14:17:20 -0300
> From: py5fo em ig.com.br
> To: araucaria em araucariadx.com
> Subject: Re: (Araucaria) (sem assunto)
>
>
> Ola WAL PY2WC
> Beleza
> Se o nome dele for ERNESTO GEORGE PAGLIA o correto ele e o PU2UZZ ok.
> UMA ABRAÇÃO DE TODA FAMILIA PERDIGUEIRA.
>   302 - Radioamador PU2UZZ 6 - Móvel São Paulo SP 15/04/2028 15/04/1998 ERNESTO
> GEORGE PAGLIA Classe C
> Att
> Fernando
> PY5FO
>
> Em 4 de junho de 2011 14:01, WALDIR SOARES <py2wc em hotmail.com> escreveu:
>
> Olá a todos!
>
> Ernesto Palha, jornalista da rede globo, agora em entrevista com Angélica,
> dizendo que é RADIOAMADOR CREDENCIADO, e apresentou em seu kit de
> sobrevivência um HT E UM TELEFONE VIA SATÉLITE (IRIDIUM).
>
> 73
>
> PY2WC - WAL KRK
>
> ------------------------------
> Date: Thu, 2 Jun 2011 09:16:46 -0300
> From: py5eg em iesa.com.br
> To: araucaria em araucariadx.com; cantareiradx em yahoogrupos.com.br;
> RIO-DX-GROUP em yahoogrupos.com.br; pt7land em fordx.org
> Subject: (Araucaria) ENC: ensinamentos valiosos - ATILANO
>
> Ola Pessoal
>
> Embora se trate de assunto não muito relacionado com o tema básico desta
> lista, gostaria de compartilhar, também com minha família radioamadoristica
> estes ensinamentos com um texto, antigo, porem com modernidade absoluta e
> que espelha a dificuldade nossa do dia a dia em identificar talentos que
> realmente entreguem a MENSAGEM A GARCIA.
> Como o texto que distribui a todos os nossos quase 6.000 colaboradores
> (IESA/INEPAR) cita entre meus “instrutores” amigos radioamadores, me sinto
> no dever de em homenagem a estes irmãos radioamadores que me ensinaram e
> ensinam  a entregar a MENSAGEM A GARCIA, replicar a mensagem aos nossos
> irmãos radioamadores que fazem parte da minha própria família.
> Acredito que vale a pena ler com atenção este texto e tentar aplicar em
> nosso dia algumas de suas lições.
> Peço desculpas aos coordenadores gerais de nossas listas  por circular esta
> matéria que diz respeito mais as nossas atividades profissionais, porem que
> pode ser também aplicada a nossa atividade de estarmos sempre em busca de
> obter resultados nos desafios da cata aos DXs, e pontuações  em contestes.
> Um abraço a todos e bom proveito.
> Atilano
>
> *ATILANO DE OMS*
> *PP5EG - PY5EG*
> *ZW5B, PS2T, PT5T*
> *ARAUCARIA DX GROUP*
>
>
> *ATILANO DE OMS *
> *PRESIDENTE C.D.A. *
> *IESA/INEPAR *
> *C.T.N.I. CENTRO DE TECNOLOGIA E NOVOS NEGOCIOS INEPAR. *
>
> Ola Pessoal:
>
> Nesses 12 dias de “merecidas” férias, tive tempo de fazer algumas reflexões
> importantes sobre vários ensinamentos nestes meus mais de 50 anos de vida
> profissional de emprego único ENCO/IESA/INEPAR
> Deus me ajudou muito colocando como meus instrutores pessoas fora de série,
> As quais me transmitiram lições que foram fundamentais na  formação de meu
>  caráter e na própria linha de conduta em tudo que tentei fazer na vida.
> Nesta trajetória; meus amigos fundadores da Inepar e companheiros de
> trabalho; meus país e familiares; nossos  sócios;  nosso corpo funcional
>  componentes da família IESA/INEPAR, fornecedores e clientes; profissionais
> de empresas parceiras; amigos radioamadores; representaram verdadeiramente
> a minha principal escola.
> Poucas vezes temos oportunidade de expressar este reconhecimento a estas
> pessoas, no pressuposto que elas sabem o que sentimos. Dessa forma elas
> sequer ficam sabendo da importância que representaram e representam em
> nossas vidas.
> Dentre estes vários meus mestres, um deles se destaca de forma mais clara e
> evidente – meu, como digo sempre, segundo pai. Ophir Ruy Woitowicz.
> Após a perda de meu pai quando tinha 16 anos, e pela solida amizade entre
> nossas famílias o Ophir me acolheu na antiga ENCO e nesta escola fiz a minha
> formação, graduação e várias pós graduações (práticas).
> O Ophir, empresário dotado de práticas totalmente incomuns para a sua época
> empresarial ,foi o responsavel direto pelos fundamentos do que hoje é a,
> INEPAR/ IESA  e associadas. De sua cabeça criamos os inúmeros projetos QUERO
> QUERO, bases da parceria colaboradores/ empresa, co-responsabilidade social
> empresa-sociedade, treinamento capacitação e desenvolvimento, participação
> societária de fundadores, e uma fanática CULTURA AO DESAFIO.
> Pois bem, para espelhar algumas práticas singelas com planos simples e
> objetivos, gostaria de citar hoje um quase vício (no bom sentido) do Ophir
> de antes de qualquer entrevista para contratação de Diretores, Gerentes e
> colaboradores mais importantes da empresa, distribuia um texto chamado
> MENSAGEM A GARCIA.
> Quando fui entrevistado pelo Ophir para meu primeiro e único emprego, ele
> surpreendentemente me deu um documento com, não mais que 3 folhas de papel,
> com o título MENSAGEM A GARCIA, me dizendo que nossa entrevista seria
> postergada para a semana seguinte e durante este intervalo de tempo eu
> deveria me ocupar em estudar com profundidade aquele texto.
> O texto realmente é fantástico até para um jovem de 16 anos , e embora
> antigo, retrata com rara simplicidade, modernidade e  fidelidade a maior
> dificuldade em acertar no recrutamento de alguém para uma determinada
> função. Via de regra nos ocupamos exageradamente com a formação acadêmica do
> cantidato, formação profissional adicional, cargos anteriormente ocupados e
> nos descuidamos na análise, se aquele entrevistado realmente faz o
> “delivery”  para o qual será contratado, ou em outras palavras se realmente
> faria a entrega da MENSAGEM A GARCIA.
> Em homenagem a este ensinamento, gostaria de que toda a família IESA /
> INEPAR dedicasse algum tempo nos próximos dias a ler e fazer uma profunda
> reflexão sobre a mensagem que abaixo transcrevo e que tem sido uma especie
> de timão em minha vida.
>
> *Não me canso de repetir – Muito Obrigado Ophir*
>
>
>
> *UMA MENSAGEM A GARCIA  - Por especial gentileza do instrutor*
>
> *PROFESSOR OPHIR RUY WOITOWICZ*
>
> *Apologia do Autor - *HELBERT HUBBARD**
> * *
> *Esta insignificância literária, UMA MENSAGEM A GARCIA, escrevi-a uma
> noite, depois do jantar, em uma hora. Foi a 22 de fevereiro de 1899,
> aniversário natalício de Washington, e o número de março da nossa revista
> "Philistine" estava prestes a entrar no prelo. Encontrava-me com disposição
> de escrever, e o artigo brotou espontâneo do meu coração, redigido, como
> foi, depois de um dia afanoso, durante o qual tinha procurado convencer
> alguns moradores um tanto renitentes do lugar, que deviam sair do estado
> comatoso em que se compraziam, esforçando-se por incutir-lhes
> radioatividade.*
> *A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ventilado
> pelo meu filho Bert, ao tomarmos café, quando ele procurou sustentar ter
> sido Rowan o verdadeiro herói da Guerra de Cuba. Rowan pôs-se a caminho só e
> deu conta do recado - levou a mensagem a Garcia. Qual centelha luminosa, a
> idéia assenhoreou-se de minha mente. É verdade, disse comigo mesmo, o rapaz
> tem toda a razão, o herói é aquele que dá conta do recado que leva a
> mensagem a Garcia.*
> *Levantei-me da mesa e escrevi "Uma mensagem a Garcia" de uma assentada.
> Entretanto liguei tão pouca importância a este artigo, que até foi publicado
> na Revista sem qualquer título. Pouco depois da edição ter saído do prelo,
> começaram a afluir pedidos para exemplares adicionais do número de Março do
> "Philistine": uma dúzia, cinquenta, cem, e quando a American News Company
> encomendou mais mil exemplares, perguntei a um dos meus empregados qual o
> artigo que havia levantado o pó cósmico.*
> *- "Esse de Garcia" - retrucou-me ele.*
> *No dia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, da Estrada de
> Ferro Central de Nova York, dizendo: "Indique preço para cem mil exemplares
> artigo Rowan, sob forma folheto, com anúncios estrada de ferro no verso.
> Diga também até quando pode fazer entrega ".*
> *Respondi indicando o preço, e acrescentando que podia entregar os
> folhetos dali a dois anos. Dispúnhamos de facilidades restritas e cem mil
> folhetos afiguravam-se-nos um empreendimento de monta.*
> *O resultado foi que autorizei o Sr. Daniels a reproduzir o artigo
> conforme lhe aprouvesse. Fê-lo então em forma de folhetos, e distribuiu-os
> em tal profusão que, duas ou três edições de meio milhão se esgotaram
> rapidamente. Além disso, foi o artigo reproduzido em mais de duzentas
> revistas e jornais. Tem sido traduzido, por assim dizer, em todas as línguas
> faladas.*
> *Aconteceu que, justamente quando o Sr. Daniels estava fazendo a
> distribuição da Mensagem a Garcia, o Príncipe Hilakoff, Diretor das Estradas
> de Ferro Russas, se encontrava neste país. Era hóspede da Estrada de Ferro
> Central de Nova York, percorrendo todo o país acompanhando o Sr. Daniels. O
> príncipe viu o folheto, que o interessou, mais pelo fato de ser o próprio
> Sr. Daniels quem o estava distribuindo em tão grande quantidade, que
> propriamente por qualquer outro motivo.*
> *Como quer que seja, quando o príncipe regressou à sua Pátria mandou
> traduzir o folheto para o russo e entregar um exemplar a cada empregado de
> estrada de ferro na Rússia. O breve trecho foi imitado por outros países; da
> Rússia o artigo passou para a Alemanha, França, Turquia, Hindustão e China.
> Durante a guerra entre Rússia e o Japão, foi entregue um exemplar da
> "Mensagem a Garcia" a cada soldado russo que se destinava ao front.*
> *Os japoneses, ao encontrar os livrinhos em poder dos prisioneiros russos,
> chegaram à conclusão que havia de ser cousa boa, e não tardaram em vertê-lo
> para o japonês. Por ordem do Mikado foi distribuído um exemplar a cada
> empregado, civil ou militar do Governo Japonês.*
> *Para cima de quarenta milhões de exemplares de "Uma Mensagem a Garcia"
> têm sido impressos, o que é sem dúvida a maior circulação jamais atingida
> por qualquer trabalho literário durante a vida do autor, graças a uma série
> de circunstâncias felizes. - E. H.***
> * *
>
> *East Aurora, dezembro 1, 1913*
>
>
>
> *Uma Mensagem a Garcia*
> *Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha
> memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre
> a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se
> rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em
> alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse
> precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio
> ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se
> da sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?*
> *Alguém lembrou ao Presidente: "Há um homem chamado Rowan; e se alguma
> pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan ".*
> *Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com
> a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a
> carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após
> quatro dias, saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de
> Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do
> outro . lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregando a
> carta a Garcia - são cousas que não vêm ao caso narrar aqui
> pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan
> uma carta para ser entregue a*
> *Garcia; Rowan pegou da carta e nem sequer perguntou: " Onde é que ele
> está?"*
> *Hosannah! Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze
> imarcescível e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de
> sabedoria livresca que a juventude precisa, nem instrução sobre isto ou
> aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras, para poder
> mostrar-se altivo no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para
> dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.*
> *O General Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum
> homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de
> muitos se torne precisa, têm sido poupados momentos de verdadeiro desespero
> ante a imbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta
> de disposição de concentrar a mente numa determinada cousa e fazê-la.*
> *Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho
> mal feito parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente
> bem sucedido, salvo se lançar mão de todos os meios ao seu alcance, quer da
> força, quer do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que
> Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre enviando-lhe
> como auxiliar um anjo de luz.*
> *Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estás sentado no teu
> escritório, rodeado de meia dúzia de empregados. Pois bem, chama um deles e
> pede-lhe: "Queira ter a bondade de consultar a enciclopédia e de me fazer
> uma descrição sucinta da vida de Corrégio ".*
> *Dar-se-á o caso do empregado dizer calmamente: "Sim, Senhor" e executar o
> que se lhe pediu?*
> *Nada disso! Olhar-te-á perplexo e de soslaio para fazer uma ou mais das
> seguintes perguntas:*
> *Quem é ele?*
> *Que enciclopédia?*
> *Onde é que está a enciclopédia? Fui eu acaso contratado para fazer isso ?
> *
> *Não quer dizer Bismark?*
> *E se Carlos o fizesse? *
> *Já morreu?*
> *Precisa disso com urgência?*
> *Não será melhor que eu traga o livro para que o senhor mesmo procure o
> que quer?*
> *Para que quer saber isso ?*
> *E aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais
> perguntas, e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão por
> que deles precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a
> encontrar Garcia, e, depois voltará para te dizer que tal homem não existe.
> Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta; mas, segundo a lei das
> médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de
> explicar ao teu "ajudante" que Corrégio se escreve com "C" e não com "K ",
> mas limitar-te-ás a dizer meigamente, esboçando o melhor sorriso.` "Não faz
> mal; não se incomode ", e, dito isto, levantar-te-ás e procurarás tu mesmo.
> E esta incapacidade de atuar independentemente, esta inépcia moral, esta
> invalidez da vontade, esta atrofia de disposição de solicitamente se pôr em
> campo e agir - são as cousas que recuam para um futuro tão remoto o advento
> do socialismo puro. Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu
> próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em
> benefício de todos? Por enquanto parece que os homens ainda precisam de ser
> feitorados. O que mantém muito empregado no seu posto e o faz trabalhar é o
> medo de se não o fizer, ser despedido no, fim do mês. Anuncia precisar de um
> taquígrafo, e nove entre dez candidatos à vaga não saberão ortografar nem
> pontuar - e; o que é mais, pensam que não é necessário sabê-lo.*
> *Poderá uma pessoa destas escrever uma carta a Garcia?*
> *"Vê aquele guarda-livros", dizia-me o chefe de uma grande, fábrica.*
> *"Sim, que tem? "*
> *"É um excelente guarda-livros. Contudo, se eu o mandasse, fazer um
> recado, talvez se desobrigasse da incumbência a contento, mas também podia
> muito bem ser que no caminho entrasse em duas ou três casas de bebidas, e
> que, quando chegasse ao seu destino, já não se recordasse da incumbência que
> lhe fora dada ".*
> *Será possível confiar-se a um tal homem uma carta para entregá-la a
> Garcia?*
> *Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais externando
> simpatia para com os pobres entes que mourejam de sol a sol, para com os
> infelizes desempregados à cata do trabalho honesto, e tudo isto, quase
> sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no
> poder.*
> *Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num baldado esforço
> para induzir eternos desgostosos e descontentes a trabalhar
> conscienciosamente; nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal,
> que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que "matar o tempo ", logo
> que ele volta as costas. Não há empresa que não esteja despendindo pessoal
> que se mostre incapaz de zelar pelos seus interesses, a fim de substituílo
> por outro mais apto. E este processo de seleção por eliminação está se
> operando incessantemente, em tempos adversos, com a única diferença que,
> quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, a seleção se faz mais
> escrupulosamente, pondo-se fora, para sempre, os incompetentes e os
> inaproveitáveis. É a lei da sobrevivência do mais apto. Cada patrão, no seu
> próprio interesse, trata somente de guardar os melhores - aqueles que podem
> levar uma mensagem a Garcia.*
> *Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra
> precisa para gerir um negócio próprio e que ademais se torna completamente
> inútil para qualquer outra pessoa, devido à suspeita insana que
> constantemente abriga de que seu patrão o esteja oprimindo ou tencione
> oprimi-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse
> confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente: "Leve-a você
> mesmo".*
> *Hoje este homem perambula errante pelas ruas em busca de trabalho, em
> quase petição de miséria. No entanto, ninguém que o conheça se aventura a
> dar-lhe trabalho porque é a personificação do descontentamento e do espírito
> de réplica. Refratário a qualquer conselho ou admoestação, a única cousa
> capaz de nele produzir algum efeito seria um bom pontapé dado com a ponta de
> uma bota de número 42, sola grossa e bico largo.*
> *Sei, não resta dúvida, que um indivíduo moralmente aleijado como este,
> não é menos digno de compaixão que um fisicamente aleijado. Entretanto,
> nesta demonstração de compaixão, vertamos também uma lágrima pelos homens
> que se esforçam por levar avante uma grande empresa, cujas horas de trabalho
> não estão limitadas pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente
> encanecidos na incessante luta em que estão empenhados contra a indiferença
> desdenhosa, contra a imbecilidade crassa e a ingratidão atroz, justamente
> daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.
> *
> *Dar-se-á o caso de eu ter pintado a situação em cores demasiado
> carregadas? Pode ser que sim; mas, quando todo mundo se apraz em divagações
> quero lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime êxito a um
> empreendimento, ao homem que, a despeito de uma porção de impecilhos, sabe
> dirigir e coordenar os esforços de outros e que, após o triunfo, talvez
> verifique que nada ganhou; nada, salvo a sua mera subsistência.*
> *Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também
> tenho sido patrão. Sei portanto, que alguma cousa se pode dizer de ambos os
> lados.*
> *Não há excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de
> recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma
> que nem todos os pobres são virtuosos.*
> *Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha
> conscienciosamente, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe
> ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva, sem fazer
> perguntas idiotas, e sem a intenção oculta de jogá-la na primeira sarjeta
> que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao
> destinatário, esse homem nunca, fica "encostado" nem tem que se declarar em
> greve para, forçar um aumento de ordenado.*
> *A civilização busca ansiosa, insistentemente, homem nestas condições.
> Tudo que um tal homem pedir, ser-lhe-á de conceder. Precisa-se dele em cada
> cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina,
> em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se
> resume nisso: Precisa-se, e precisa-se com urgência de um homem capaz de
> levar uma mensagem a Garcia.*
>
> *HELBERT HUBBARD***
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