(Araucaria) (sem assunto)
FERNANDO
py5fo em ig.com.br
Sábado Junho 4 14:17:20 BRT 2011
Ola WAL PY2WC
Beleza
Se o nome dele for ERNESTO GEORGE PAGLIA o correto ele e o PU2UZZ ok.
UMA ABRAÇÃO DE TODA FAMILIA PERDIGUEIRA.
302 - Radioamador PU2UZZ 6 - Móvel São Paulo SP 15/04/2028 15/04/1998 ERNESTO
GEORGE PAGLIA Classe C
Att
Fernando
PY5FO
Em 4 de junho de 2011 14:01, WALDIR SOARES <py2wc em hotmail.com> escreveu:
> Olá a todos!
>
> Ernesto Palha, jornalista da rede globo, agora em entrevista com Angélica,
> dizendo que é RADIOAMADOR CREDENCIADO, e apresentou em seu kit de
> sobrevivência um HT E UM TELEFONE VIA SATÉLITE (IRIDIUM).
>
> 73
>
> PY2WC - WAL KRK
>
> ------------------------------
> Date: Thu, 2 Jun 2011 09:16:46 -0300
> From: py5eg em iesa.com.br
> To: araucaria em araucariadx.com; cantareiradx em yahoogrupos.com.br;
> RIO-DX-GROUP em yahoogrupos.com.br; pt7land em fordx.org
> Subject: (Araucaria) ENC: ensinamentos valiosos - ATILANO
>
> Ola Pessoal
>
>
>
> Embora se trate de assunto não muito relacionado com o tema básico desta
> lista, gostaria de compartilhar, também com minha família radioamadoristica
> estes ensinamentos com um texto, antigo, porem com modernidade absoluta e
> que espelha a dificuldade nossa do dia a dia em identificar talentos que
> realmente entreguem a MENSAGEM A GARCIA.
>
> Como o texto que distribui a todos os nossos quase 6.000 colaboradores
> (IESA/INEPAR) cita entre meus “instrutores” amigos radioamadores, me sinto
> no dever de em homenagem a estes irmãos radioamadores que me ensinaram e
> ensinam a entregar a MENSAGEM A GARCIA, replicar a mensagem aos nossos
> irmãos radioamadores que fazem parte da minha própria família.
>
> Acredito que vale a pena ler com atenção este texto e tentar aplicar em
> nosso dia algumas de suas lições.
>
> Peço desculpas aos coordenadores gerais de nossas listas por circular esta
> matéria que diz respeito mais as nossas atividades profissionais, porem que
> pode ser também aplicada a nossa atividade de estarmos sempre em busca de
> obter resultados nos desafios da cata aos DXs, e pontuações em contestes.
>
> Um abraço a todos e bom proveito.
>
> Atilano
>
>
> *ATILANO DE OMS*
> *PP5EG - PY5EG*
> *ZW5B, PS2T, PT5T*
> *ARAUCARIA DX GROUP*
>
>
>
>
> *ATILANO DE OMS *
> *PRESIDENTE C.D.A. *
> *IESA/INEPAR *
> *C.T.N.I. CENTRO DE TECNOLOGIA E NOVOS NEGOCIOS INEPAR. *
>
>
>
> Ola Pessoal:
>
>
>
> Nesses 12 dias de “merecidas” férias, tive tempo de fazer algumas reflexões
> importantes sobre vários ensinamentos nestes meus mais de 50 anos de vida
> profissional de emprego único ENCO/IESA/INEPAR
>
> Deus me ajudou muito colocando como meus instrutores pessoas fora de série,
> As quais me transmitiram lições que foram fundamentais na formação de meu
> caráter e na própria linha de conduta em tudo que tentei fazer na vida.
>
> Nesta trajetória; meus amigos fundadores da Inepar e companheiros de
> trabalho; meus país e familiares; nossos sócios; nosso corpo funcional
> componentes da família IESA/INEPAR, fornecedores e clientes; profissionais
> de empresas parceiras; amigos radioamadores; representaram verdadeiramente
> a minha principal escola.
>
> Poucas vezes temos oportunidade de expressar este reconhecimento a estas
> pessoas, no pressuposto que elas sabem o que sentimos. Dessa forma elas
> sequer ficam sabendo da importância que representaram e representam em
> nossas vidas.
>
> Dentre estes vários meus mestres, um deles se destaca de forma mais clara e
> evidente – meu, como digo sempre, segundo pai. Ophir Ruy Woitowicz.
>
> Após a perda de meu pai quando tinha 16 anos, e pela solida amizade entre
> nossas famílias o Ophir me acolheu na antiga ENCO e nesta escola fiz a minha
> formação, graduação e várias pós graduações (práticas).
>
> O Ophir, empresário dotado de práticas totalmente incomuns para a sua época
> empresarial ,foi o responsavel direto pelos fundamentos do que hoje é a,
> INEPAR/ IESA e associadas. De sua cabeça criamos os inúmeros projetos QUERO
> QUERO, bases da parceria colaboradores/ empresa, co-responsabilidade social
> empresa-sociedade, treinamento capacitação e desenvolvimento, participação
> societária de fundadores, e uma fanática CULTURA AO DESAFIO.
>
> Pois bem, para espelhar algumas práticas singelas com planos simples e
> objetivos, gostaria de citar hoje um quase vício (no bom sentido) do Ophir
> de antes de qualquer entrevista para contratação de Diretores, Gerentes e
> colaboradores mais importantes da empresa, distribuia um texto chamado
> MENSAGEM A GARCIA.
>
> Quando fui entrevistado pelo Ophir para meu primeiro e único emprego, ele
> surpreendentemente me deu um documento com, não mais que 3 folhas de papel,
> com o título MENSAGEM A GARCIA, me dizendo que nossa entrevista seria
> postergada para a semana seguinte e durante este intervalo de tempo eu
> deveria me ocupar em estudar com profundidade aquele texto.
>
> O texto realmente é fantástico até para um jovem de 16 anos , e embora
> antigo, retrata com rara simplicidade, modernidade e fidelidade a maior
> dificuldade em acertar no recrutamento de alguém para uma determinada
> função. Via de regra nos ocupamos exageradamente com a formação acadêmica do
> cantidato, formação profissional adicional, cargos anteriormente ocupados e
> nos descuidamos na análise, se aquele entrevistado realmente faz o
> “delivery” para o qual será contratado, ou em outras palavras se realmente
> faria a entrega da MENSAGEM A GARCIA.
>
> Em homenagem a este ensinamento, gostaria de que toda a família IESA /
> INEPAR dedicasse algum tempo nos próximos dias a ler e fazer uma profunda
> reflexão sobre a mensagem que abaixo transcrevo e que tem sido uma especie
> de timão em minha vida.
>
>
>
> *Não me canso de repetir – Muito Obrigado Ophir*
>
>
>
>
>
>
> *UMA MENSAGEM A GARCIA - Por especial gentileza do instrutor*
>
> *PROFESSOR OPHIR RUY WOITOWICZ*
>
> *Apologia do Autor - *HELBERT HUBBARD**
> * *
> *Esta insignificância literária, UMA MENSAGEM A GARCIA, escrevi-a uma
> noite, depois do jantar, em uma hora. Foi a 22 de fevereiro de 1899,
> aniversário natalício de Washington, e o número de março da nossa revista
> "Philistine" estava prestes a entrar no prelo. Encontrava-me com disposição
> de escrever, e o artigo brotou espontâneo do meu coração, redigido, como
> foi, depois de um dia afanoso, durante o qual tinha procurado convencer
> alguns moradores um tanto renitentes do lugar, que deviam sair do estado
> comatoso em que se compraziam, esforçando-se por incutir-lhes
> radioatividade.*
> *A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ventilado
> pelo meu filho Bert, ao tomarmos café, quando ele procurou sustentar ter
> sido Rowan o verdadeiro herói da Guerra de Cuba. Rowan pôs-se a caminho só e
> deu conta do recado - levou a mensagem a Garcia. Qual centelha luminosa, a
> idéia assenhoreou-se de minha mente. É verdade, disse comigo mesmo, o rapaz
> tem toda a razão, o herói é aquele que dá conta do recado que leva a
> mensagem a Garcia.*
> *Levantei-me da mesa e escrevi "Uma mensagem a Garcia" de uma assentada.
> Entretanto liguei tão pouca importância a este artigo, que até foi publicado
> na Revista sem qualquer título. Pouco depois da edição ter saído do prelo,
> começaram a afluir pedidos para exemplares adicionais do número de Março do
> "Philistine": uma dúzia, cinquenta, cem, e quando a American News Company
> encomendou mais mil exemplares, perguntei a um dos meus empregados qual o
> artigo que havia levantado o pó cósmico.*
> *- "Esse de Garcia" - retrucou-me ele.*
> *No dia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, da Estrada de
> Ferro Central de Nova York, dizendo: "Indique preço para cem mil exemplares
> artigo Rowan, sob forma folheto, com anúncios estrada de ferro no verso.
> Diga também até quando pode fazer entrega ".*
> *Respondi indicando o preço, e acrescentando que podia entregar os
> folhetos dali a dois anos. Dispúnhamos de facilidades restritas e cem mil
> folhetos afiguravam-se-nos um empreendimento de monta.*
> *O resultado foi que autorizei o Sr. Daniels a reproduzir o artigo
> conforme lhe aprouvesse. Fê-lo então em forma de folhetos, e distribuiu-os
> em tal profusão que, duas ou três edições de meio milhão se esgotaram
> rapidamente. Além disso, foi o artigo reproduzido em mais de duzentas
> revistas e jornais. Tem sido traduzido, por assim dizer, em todas as línguas
> faladas.*
> *Aconteceu que, justamente quando o Sr. Daniels estava fazendo a
> distribuição da Mensagem a Garcia, o Príncipe Hilakoff, Diretor das Estradas
> de Ferro Russas, se encontrava neste país. Era hóspede da Estrada de Ferro
> Central de Nova York, percorrendo todo o país acompanhando o Sr. Daniels. O
> príncipe viu o folheto, que o interessou, mais pelo fato de ser o próprio
> Sr. Daniels quem o estava distribuindo em tão grande quantidade, que
> propriamente por qualquer outro motivo.*
> *Como quer que seja, quando o príncipe regressou à sua Pátria mandou
> traduzir o folheto para o russo e entregar um exemplar a cada empregado de
> estrada de ferro na Rússia. O breve trecho foi imitado por outros países; da
> Rússia o artigo passou para a Alemanha, França, Turquia, Hindustão e China.
> Durante a guerra entre Rússia e o Japão, foi entregue um exemplar da
> "Mensagem a Garcia" a cada soldado russo que se destinava ao front.*
> *Os japoneses, ao encontrar os livrinhos em poder dos prisioneiros russos,
> chegaram à conclusão que havia de ser cousa boa, e não tardaram em vertê-lo
> para o japonês. Por ordem do Mikado foi distribuído um exemplar a cada
> empregado, civil ou militar do Governo Japonês.*
> *Para cima de quarenta milhões de exemplares de "Uma Mensagem a Garcia"
> têm sido impressos, o que é sem dúvida a maior circulação jamais atingida
> por qualquer trabalho literário durante a vida do autor, graças a uma série
> de circunstâncias felizes. - E. H.***
> * *
>
> *East Aurora, dezembro 1, 1913*
>
>
>
> *Uma Mensagem a Garcia*
> *Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha
> memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre
> a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se
> rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em
> alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse
> precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio
> ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se
> da sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?*
> *Alguém lembrou ao Presidente: "Há um homem chamado Rowan; e se alguma
> pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan ".*
> *Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com
> a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a
> carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após
> quatro dias, saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de
> Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do
> outro . lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregando a
> carta a Garcia - são cousas que não vêm ao caso narrar aqui
> pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan
> uma carta para ser entregue a*
> *Garcia; Rowan pegou da carta e nem sequer perguntou: " Onde é que ele
> está?"*
> *Hosannah! Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze
> imarcescível e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de
> sabedoria livresca que a juventude precisa, nem instrução sobre isto ou
> aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras, para poder
> mostrar-se altivo no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para
> dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.*
> *O General Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum
> homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de
> muitos se torne precisa, têm sido poupados momentos de verdadeiro desespero
> ante a imbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta
> de disposição de concentrar a mente numa determinada cousa e fazê-la.*
> *Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho
> mal feito parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente
> bem sucedido, salvo se lançar mão de todos os meios ao seu alcance, quer da
> força, quer do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que
> Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre enviando-lhe
> como auxiliar um anjo de luz.*
> *Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estás sentado no teu
> escritório, rodeado de meia dúzia de empregados. Pois bem, chama um deles e
> pede-lhe: "Queira ter a bondade de consultar a enciclopédia e de me fazer
> uma descrição sucinta da vida de Corrégio ".*
> *Dar-se-á o caso do empregado dizer calmamente: "Sim, Senhor" e executar o
> que se lhe pediu?*
> *Nada disso! Olhar-te-á perplexo e de soslaio para fazer uma ou mais das
> seguintes perguntas:*
> *Quem é ele?*
> *Que enciclopédia?*
> *Onde é que está a enciclopédia? Fui eu acaso contratado para fazer isso ?
> *
> *Não quer dizer Bismark?*
> *E se Carlos o fizesse? *
> *Já morreu?*
> *Precisa disso com urgência?*
> *Não será melhor que eu traga o livro para que o senhor mesmo procure o
> que quer?*
> *Para que quer saber isso ?*
> *E aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais
> perguntas, e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão por
> que deles precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a
> encontrar Garcia, e, depois voltará para te dizer que tal homem não existe.
> Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta; mas, segundo a lei das
> médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de
> explicar ao teu "ajudante" que Corrégio se escreve com "C" e não com "K ",
> mas limitar-te-ás a dizer meigamente, esboçando o melhor sorriso.` "Não faz
> mal; não se incomode ", e, dito isto, levantar-te-ás e procurarás tu mesmo.
> E esta incapacidade de atuar independentemente, esta inépcia moral, esta
> invalidez da vontade, esta atrofia de disposição de solicitamente se pôr em
> campo e agir - são as cousas que recuam para um futuro tão remoto o advento
> do socialismo puro. Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu
> próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em
> benefício de todos? Por enquanto parece que os homens ainda precisam de ser
> feitorados. O que mantém muito empregado no seu posto e o faz trabalhar é o
> medo de se não o fizer, ser despedido no, fim do mês. Anuncia precisar de um
> taquígrafo, e nove entre dez candidatos à vaga não saberão ortografar nem
> pontuar - e; o que é mais, pensam que não é necessário sabê-lo.*
> *Poderá uma pessoa destas escrever uma carta a Garcia?*
> *"Vê aquele guarda-livros", dizia-me o chefe de uma grande, fábrica.*
> *"Sim, que tem? "*
> *"É um excelente guarda-livros. Contudo, se eu o mandasse, fazer um
> recado, talvez se desobrigasse da incumbência a contento, mas também podia
> muito bem ser que no caminho entrasse em duas ou três casas de bebidas, e
> que, quando chegasse ao seu destino, já não se recordasse da incumbência que
> lhe fora dada ".*
> *Será possível confiar-se a um tal homem uma carta para entregá-la a
> Garcia?*
> *Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais externando
> simpatia para com os pobres entes que mourejam de sol a sol, para com os
> infelizes desempregados à cata do trabalho honesto, e tudo isto, quase
> sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no
> poder.*
> *Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num baldado esforço
> para induzir eternos desgostosos e descontentes a trabalhar
> conscienciosamente; nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal,
> que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que "matar o tempo ", logo
> que ele volta as costas. Não há empresa que não esteja despendindo pessoal
> que se mostre incapaz de zelar pelos seus interesses, a fim de substituílo
> por outro mais apto. E este processo de seleção por eliminação está se
> operando incessantemente, em tempos adversos, com a única diferença que,
> quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, a seleção se faz mais
> escrupulosamente, pondo-se fora, para sempre, os incompetentes e os
> inaproveitáveis. É a lei da sobrevivência do mais apto. Cada patrão, no seu
> próprio interesse, trata somente de guardar os melhores - aqueles que podem
> levar uma mensagem a Garcia.*
> *Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra
> precisa para gerir um negócio próprio e que ademais se torna completamente
> inútil para qualquer outra pessoa, devido à suspeita insana que
> constantemente abriga de que seu patrão o esteja oprimindo ou tencione
> oprimi-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse
> confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente: "Leve-a você
> mesmo".*
> *Hoje este homem perambula errante pelas ruas em busca de trabalho, em
> quase petição de miséria. No entanto, ninguém que o conheça se aventura a
> dar-lhe trabalho porque é a personificação do descontentamento e do espírito
> de réplica. Refratário a qualquer conselho ou admoestação, a única cousa
> capaz de nele produzir algum efeito seria um bom pontapé dado com a ponta de
> uma bota de número 42, sola grossa e bico largo.*
> *Sei, não resta dúvida, que um indivíduo moralmente aleijado como este,
> não é menos digno de compaixão que um fisicamente aleijado. Entretanto,
> nesta demonstração de compaixão, vertamos também uma lágrima pelos homens
> que se esforçam por levar avante uma grande empresa, cujas horas de trabalho
> não estão limitadas pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente
> encanecidos na incessante luta em que estão empenhados contra a indiferença
> desdenhosa, contra a imbecilidade crassa e a ingratidão atroz, justamente
> daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.
> *
> *Dar-se-á o caso de eu ter pintado a situação em cores demasiado
> carregadas? Pode ser que sim; mas, quando todo mundo se apraz em divagações
> quero lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime êxito a um
> empreendimento, ao homem que, a despeito de uma porção de impecilhos, sabe
> dirigir e coordenar os esforços de outros e que, após o triunfo, talvez
> verifique que nada ganhou; nada, salvo a sua mera subsistência.*
> *Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também
> tenho sido patrão. Sei portanto, que alguma cousa se pode dizer de ambos os
> lados.*
> *Não há excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de
> recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma
> que nem todos os pobres são virtuosos.*
> *Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha
> conscienciosamente, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe
> ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva, sem fazer
> perguntas idiotas, e sem a intenção oculta de jogá-la na primeira sarjeta
> que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao
> destinatário, esse homem nunca, fica "encostado" nem tem que se declarar em
> greve para, forçar um aumento de ordenado.*
> *A civilização busca ansiosa, insistentemente, homem nestas condições.
> Tudo que um tal homem pedir, ser-lhe-á de conceder. Precisa-se dele em cada
> cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina,
> em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se
> resume nisso: Precisa-se, e precisa-se com urgência de um homem capaz de
> levar uma mensagem a Garcia.*
>
> *HELBERT HUBBARD***
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