(Araucaria) Diplomas AEI

Domingo Janeiro 23 15:25:43 BRST 2011

Olá Marcelo. Obrigado pelo seu e_mail.

Tenho procurado aperfeiçoar os regulamentos especialmente para se aproximarem o máximo possível dos diplomas semelhantes existentes em outros países.

Sei das dificuldades em se operar de determinados locais, mas precisamos encontrar um meio termo, pois operações muito rápidas, especialmente de locais com novas referências, não permitem uma participação maior dos colegas, o que pode levar a um desestimulo em função da impossibilidade de contatar a expedição e aumentar o "score".

O aspecto das novas referências tem de ser valorizado, pois sempre é um incentivo para a realização de expedições.

Os regulamentos já foram bastante flexibilizados, como por exemplo:

- Nos casos de Faróis, Faroletes, Fortificações de difícil acesso, ou que não seja permitido o acesso ao seu interior por decisão das Autoridades responsáveis, ou pela inviabilidade técnica ou operacional, vale a regra da "visibilidade", ou seja, do local da expedição (no máximo a 1.000m de distância) pode-se avistar o Farol, Farolete, Fortificação.

- Toda operação num Farol, Farolete, Fortificação deverá acontecer com todo o equipamento em terra na sua área de domínio, ou em áreas nas suas adjacências, sendo válidas, desde que devidamente comprovadas, as embarcadas, quando o Farol, Farolete,  Fortificação localizado no mar não permitir nenhuma condição técnica de acesso.

Já a quantidade mínima de contatos e o tempo da expedição também foi flexibilizado:
- Situações excepcionais (por exemplo defeito no equipamento, condições climáticas desfavoráveis etc) devem ser informadas e serão analisadas pelo Gerente do diploma; 

No tocante aos contatos em 2 metros consta:
- (...) exceto operações que utilizem exclusivamente freqüências acima de 50 MH, ou comprovadamente na modalidade QRP, que deverão alcançar no mínimo 20 contatos. OBS.: O expedicionário pode considerar ou não os contatos em 2 metros no total. Assim não tendo alcançado mais de 20 contatos em 2 metros, pode requerer homologar a expedição apenas em 2 metros, em função de situações excepcionais conforme a orientação acima.

Também estabeleci a posibilidade do colega requerer e receber o diploma via internet, evitando os riscos de envio do dinheiro ou extravio / danos na remessa do diploma.

Todas as expedições que tomei conhecimento foram homologadas, muitas delas em função das informações incluídas nos Cluster, recebimento do QSL, reconhecimento por diplomas como por exemplo IOTA, etc.

Não sei se alguma das suas expedições ainda não foram homologadas (veja a relação das últimas em http://www.aei.radioamador.org.br/noticias.html ) 

A sugestão relacionada ao reconhecimento pelo IOTA foi incluída no regulamento.

Segundo o site http://www.mar.mil.br as diferenças principais entre Baliza e Farolete:
BALIZAS
São sinais visuais cegos, constituídos por hastes de ferro, concreto ou mesmo de
madeira, de altura adequada às condições locais, fixadas, normalmente, sobre pedras isoladas,
bancos, ou recifes. As hastes têm uma pintura distintiva e são encimadas por marca de
tope característica, em função da indicação que devem transmitir ao navegante.
FAROLETES: são auxílios visuais à navegação providos de estrutura fixa, montada em
um ponto de coordenadas geográficas conhecidas, encimada por um equipamento luminoso
exibindo luz dotada de característica predeterminada, com alcance luminoso noturno
menor ou igual a 10 milhas náuticas.

Obrigado, um abraço e tudo de bom.

Rony Reis (PS7AB) 
http://www.radioamador.org.br

--- Em dom, 23/1/11, Marcelo Mendonça <py6kw em hotmail.com> escreveu:

De: Marcelo Mendonça <py6kw em hotmail.com>
Assunto: (Araucaria) Diplomas AEI
Para: "Araucária Lista" <araucaria em araucariadx.com>
Data: Domingo, 23 de Janeiro de 2011, 11:27

Rony,

Há momentos na vida dos radioamadores que a propagação não ajuda e conseguir 100 contatos fica praticamente impossível. Ademais, conseguir mais de cem contatos operando de uma ilha brasileira que não seja IOTA só é possível entrando em rodadas locais e praticamente impondo o contato. 

De forma a não prejudicar as estações que contatarem um farol ou ilha que, ao final do tempo disponível para operação de quem a ativou, não alcançou essa meta, acho que a quantidade mínima de contatos deveria ser desprezada.

Também o tempo no local deveria ser repensado ou desprezado. Fiz uma operação móvel em diversos faróis e fortalezas de Salvador em dois dias. Tem lugar aqui que não se pode, por questão de segurança, ficar parado muito tempo, quanto menos desembarcar uma estação, instalá-la e passar ali 12 horas. Abandonar o tempo de permanência mínima propiciaria, talvez, uma maior quantidade de ativação de fortalezas e faróis.

Em uma das vezes que ativei a Ilha de Tinharé/Farol de Morro de São Paulo e a respectiva fortificação, fiz alguns contatos em VHF 2m. Qual a quantidade mínima de contatos para validar uma expedição que use apenas 2m? Ou contatos em 2m não são válidos? Ou válidos apenas dentro do total de contatos de outras bandas?

Farolete e baliza são a mesma coisa?

Sugiro que se repense o regulamento com foco na dificuldade e despesas que os ativadores de faróis em ilhas enfrentam. O final de semana dos faróis sulamericanos se aproxima e a quantidade de ativações brasileira parece piada comparada com a dos hermanos argentinos.

73, Marcelo.
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