(Araucaria) O momento certo para a crítica. (PY5FO Fernando)
FERNANDO
py5fo em ig.com.br
Segunda Agosto 29 01:02:27 BRT 2011
O momento certo para a crítica.
A grande verdade é que ninguém gosta de receber críticas, mas, quando a hora
é de ver e comentar os defeitos dos outros, dificilmente alguém perde a
oportunidade de criticar. De qualquer forma, a convivência com as críticas
exige uma grande dose de maturidade e equilíbrio. Elas significam um
julgamento de valor ou um sentimento subjetivo de acordo com o ponto de
vista de quem as faz.
Do lado de quem recebe críticas, as reações também são sempre subjetivas. Há
momentos em que são até bem-vindas - a pessoa está mais aberta e as
aproveita para se reformular. Em outros, a crítica provoca vergonha, raiva,
irritação e depressão.
Há pessoas que reagem a ela com o sentimento de "deixa pra lá"; outras,
porém, se arrasam. Se o criticado é forte, consciente de seu próprio valor,
saberá receber a crítica naturalmente, sem grandes sofrimentos. Pode até se
contrariar e rebater, mas não se sentirá derrubado nem agredido. Porém, se a
pessoa estiver atravessando uma fase difícil de sua vida ou for alguém
inseguro e complexado, a crítica é péssima e vai de fato machucar.
Qualquer ser humano tem o direito de emitir suas opiniões diante de um
comportamento, de uma atitude ou de uma realização do outro. Entretanto,
ninguém pode arrasar algo só porque não gostou ou destruir outro ser humano
só pelo prazer de ver a sua ruína. Nesse sentido, é necessário separar bem
as duas formas de crítica: a construtiva, feita por amor, com carinho e
interesse pelo outro; e a destrutiva, feita com ódio ou rancor, para
agredir, derrubar e humilhar.
Há críticas maravilhosas, belíssimas. Elas nem seriam críticas, mas verdades
ditas em momentos de encontro, de orientação, de ajuda, de troca. Quem
critica bem, critica a sós. Chama o outro e diz: "Olha, assim não tá legal.
Você tem capacidade de fazer diferente, de fazer melhor. Que tal tentar de
novo; fazer outra vez?" Quem critica positivamente, critica mansamente,
pensando em acertar, em elevar o outro.
Um exame de consciência sobre o assunto não faz mal a ninguém. Por que não
procurar as coisas boas que existem? Por que não ver o lado positivo das
pessoas? Não seria mais fácil e gratificante viver dessa forma? Se existem
várias formas de criticar, por que não escolher as melhores?
Uma mãe, por exemplo, pode chegar para o filho e dizer: "Você é um inútil,
um incompetente, um irresponsável. Não presta para nada". Provavelmente tais
palavras não contribuirão para sua mudança de comportamento. Por que diante
da mesma situação, a mãe não opta pelo lado da compreensão e do diálogo?
Elogiar o filho, exaltar sua inteligência e bondade, e só depois apontar o
erro, convidando-o a refletir: "Por que você fez isso? Será que não existe
outra forma de agir?" Quem faz uma crítica assim, construtiva, não está
pensando em si mesmo, mas no outro, no bem comum e, certamente, essa é a
grande diferença.
A aceitação de uma crítica depende de como ela é feita, da pessoa que a faz,
do momento e do motivo pelo qual é colocada. Mesmo assim, sempre se pode
aprender alguma coisa com ela. A observação do outro, mesmo que maldoso,
pode servir de alerta sobre nossos defeitos ou, no mínimo, como um
ensinamento sobre a inveja e a maldade humanas.
*Quem tem segurança e maturidade sempre analisará a crítica recebida e
considerará se há nela algum dado importante para o seu autoconhecimento ou
para o conhecimento das pessoas que o cercam. *
O jeito, então, é esfriar a cabeça e deixar para pensar nelas depois que
toda exaltação foi superada. Vale lembrar que saber aceitar ou fazer crítica
é uma arte que precisa ser cultivada por todos nós.
Postado por Thaise (Thata)
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