(Araucaria) TIRO DO BPL ESTA SAINDO PELA CULATRA

PY2ZY-MUNIZ py02zy em gmail.com
Quinta Setembro 18 19:35:37 BRT 2008


Muitos, senão todos os projetos de banda larga sobre linhas de força (BPL),
os quais foram preparados para transmissão de dados, sofrem um sem número de
deficiências tecnológicas. Talvez a mais crítica dessas deficiências é que
a BPL é seriamente afetada por radiofreqüência gerada até mesmo por
transmissores de baixa potência, como os de radioamadores e faixa do
cidadão.
Em várias cidades onde está instalada a BPL, radioamadores fizeram
experiências que demonstraram que até 5 (cinco) watts de potência gerada por
um transmissor nas proximidades, pode degradar seriamente a performance da
internet sobre linhas de força. Em alguns casos, a interferência chegou a
desconectar o usuário da internet, requerendo várias reconexões do usuário
à rede.
Essa falha fatal vai limitar seriamente a maneira de desenvolvimento da BPL
e
diminuirá a confiabilidade de um sistema de internet sobre linhas de força,
em
áreas onde possa haver operação de transmissores de HF. Sob a legislação
norte americana (FCC), a BPL é um dispositivo não licenciado, o qual deve
aceitar qualquer tipo de interferência causada por serviços licenciados,
como
o dos radioamadores. No passado e através de décadas de experiência, sabe-se
que esse tipo de interferência é raro com relação a outros serviços de
banda larga, como ADSL, TV a cabo e serviços de satélite. No entanto, em
todas
as áreas em que a BPL foi testado para esse tipo de susceptibilidade, até a
presente data, o fio sem blindagem da rede elétrica, aparentemente captam
toda
a radiofreqüência de transmissores próximos e sobrecarregam ou de alguma
maneira degradam a performance do sistema. Ainda que isso tenha sido notado
com
transmissores com
 potências de 5 watts, sabe-se que os radioamadores podem operar com até
1000
watts RMS, estendendo-se assim, em muito, a área sobre a qual a BPL seria
incapaz de operar.
Estudos de Interferência
Os seguintes estudos que foram feitos demonstraram que os sistemas de BPL
foram
bastante afetados por interferências causadas por radio transmissores
próximos.
Potomac, Mariland
A AMRAD desejava saber se o sistema de BPL em Potomac, MD, era susceptível à
RF em bandas de radioamadores. Eles suspeitavam que sim, desde que o sistema
de
BPL usa porções do espectro de HF para levar seu sinal. Por isso, o sistema
não pode rejeitar o sinal interferente por meio de filtros de RF, pois a
freqüência da portadora é a mesma. Assim o sistema BPL necessita do uso de
processamento interno do sinal, com o fim de rejeitar o sinal interferente
na
freqüência.
Foi usado um equipamento Icom IC 706 Mk-II G, com uma antena Predator, de
apenas 10 cm de comprimento. Estava à disposição também um amplificador
linear de 2 KW PEP, o qual não foi usado durante o teste. Os testes
demonstraram que o sistema de BPL cessou totalmente a transferência de
dados,
enquanto o transmissor estava transmitindo com menos de 4 (quatro) Watts, na
frente da casa onde estava instalado o sistema de BPL e, com 100 Watts, de
até
1 km de distância.
Manassas, Virginia
O sistema de BPL em Manassas, na Virginia é manufaturado pela Main. net. O
equipamento é operado pela Prefeitura Municipal daquela cidade, em parceria
com
a Com Tech. Nesse estudo, radioamadores licenciados de Manassas, efetuaram
experiências controladas, as quais demonstraram que, mesmo em uma área que
foi
protegida para evitar interferências nos equipamentos de rádio, com apenas 2
(dois) Watts de potência conectados à uma ineficiente antena móvel foi
possível derrubar o sistema. Resumindo, os radioamadores de Manassas
disseram:
- ¨De longe, o maior erro de engenharia cometido pelos idealizadores do
sistema, foi a não colocação de filtros, que pudessem evitar que a RF
entrasse em seus equipamentos. Essa é uma grande falha de engenharia, com
conseqüências devastadoras para o sistema BPL¨.
Esse artigo foi resumido de um tópico do QTC semanal da ARRL, de 19/03/2005.
Nossa Opinião:
PY3FJ - JACOBUS
Como já havíamos dito em outra oportunidade, também falando sobre sistemas
de BPL (que na ocasião denominamos transmissão sobre linhas de força - TLF),
o meio de transmissão dos dados são os fios da rede elétrica, por meio de
portadoras de radiofreqüência, dentro do espectro de HF. Esses fios atuam
como
imensas antenas, causando interferências em equipamentos de rádio que operam
em HF. Por outro lado, essas imensas antenas (como suspeitávamos), também
captam a RF irradiada pelos equipamentos, o que, como se viu nesses
experimentos
levados a efeito pelos radioamadores norte americanos, causa a completa
desabilitação do sistema. Para resolver esse problema, as soluções seriam:
a- blindar os cabos de força (todos), nas ruas;
b- filtrar os sinais, via DSP, em cada ponto onde o sinal fosse injetado nos
computadores;
Nos dois casos, acreditamos que as soluções teriam um custo elevadíssimo,
inviabilizando o sistema.
Vamos esperar para ver o que acontece, mas, em princípio, como dissemos no
título desse artigo.
O tiro saiu pela culatra.

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João Ricardo Bergamini
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Barbacena-MG
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