(Araucaria) PLC no paraná
Felipe Ceglia - PY1NB
felipe-listas em terenet.com.br
Domingo Março 9 22:44:46 BRT 2008
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Saiu no Valor Economico há alguns dias, e só hoje lembrei de replicar:
*Copel vai utilizar rede para oferecer conexão de telefone e internet*
Marli Lima
27/02/2008
Sete anos depois de realizar testes de conexão à internet por condutores
de energia elétrica, a Copel quer dar outro passo para ampliar o uso de
seus fios. Ela planeja lançar, em 10 de março, edital para a compra de
equipamentos que serão instalados no segundo semestre em 300 endereços
de um município paranaense cujo nome é mantido em segredo. O
investimento será de R$ 1 milhão e, durante um ano, os clientes poderão
usar a tomada tanto para acender uma lâmpada como para instalar um
aparelho para usar a internet ou dizer alô.
O presidente da estatal, Rubens Ghilardi, explicou que a subsidiária
Copel Telecomunicações já tem autorização para transmitir dados e imagem
e para firmar contratos para comunicação interna de empresas, por meio
de ramais que não permitem ligações externas. "Queremos ampliar isso.
Temos 99% das casas do Paraná ligadas à Copel, então poderemos atender
99% das casas com telefone", afirmou o executivo. "Não precisamos
atender todo mundo, mas seremos uma alternativa", ponderou. Se os planos
derem certo, a empresa passará a competir com Brasil Telecom, GVT e
outras operadoras, como Net. Segundo Ghilardi, todo o processo está
pronto e será encaminhado à Anatel nos próximos dias.
Desde o fim de 2002 a Copel tem autorização da Anatel para prestar
serviços de comunicação multimídia. Em 2001, ela fez parceria com a
alemã RWE Plus para uso da tecnologia PLC (comunicação por linha
elétrica, na sigla em inglês). Na ocasião, quilowatts e bytes passaram a
transitar pelos condutores de energia da companhia instalados em 50
casas com acesso à internet, para testes de banda larga. De lá para cá a
empresa passou por mudanças de presidentes, reviu contratos assinados no
governo anterior e voltou a lucrar. Agora, quer cumprir o que vinha
anunciando e investir em telefonia. Segundo seus técnicos, se em 2001 a
velocidade de tráfego na 1ª geração de PLC era de 2 megabytes,
atualmente, na 3ª geração, chega a 200, o que representa um novo estímulo.
A Copel já é sócia da Sercomtel, empresa de serviços de telecomunicações
da região de Londrina, Norte do Paraná, mas o segmento representa pouco
no seu planejamento estratégico. Dos R$ 6,9 bilhões em investimentos
previstos de 2008 a 2016, R$ 55 milhões irão para telecomunicações,
enquanto a rubrica construção de usinas hidrelétricas, por exemplo,
ficará com R$ 4,261 bilhões. Ghilardi lembrou que para 2008 serão usados
R$ 792 milhões para bancar o crescimento vegetativo e melhorar
atendimento, linhas e subestações. O valor não inclui aquisições
previstas para o ano.
Depois de pagar, na virada do ano, R$ 110 milhões pelos 30% de
participação que a Sanedo possuía na Dominó, holding que detém 34,7% das
ações da empresa de saneamento Sanepar, a Copel fez proposta para
comprar a parte dos outros dois sócios, a Andrade Gutierrez Concessões e
a Daleth Participações, que possuem 27,5% cada. A Copel, que já tinha
15%, elevou essa fatia para 45%, mas quer mais. Ghilardi diz que
trata-se de um bom negócio e, além disso, a operação é do agrado do
governador Roberto Requião (PMDB), que nunca gostou da presença do sócio
privado na estatal.
"Para 2008, uma das metas é ser sócio majoritário da Dominó", diz o
executivo. Segundo ele, a Copel não foi atrás do negócio, mas exerceu o
direito de preferência quando soube que a Sanedo queria vender sua
parte. "Estamos aguardando que os demais sócios cheguem à conclusão de
que é bom negócio vender para Copel." Ghilardi diz que há sinergia entre
Copel e Sanepar. Em 2007 a empresa chegou a fazer oferta em um negócio
estranho ao seu: a operação de rodovias que cortam o Paraná. Como não
venceu o leilão, nada mudou, e a empresa está em busca de oportunidades
em sua área. No ano passado, ela fez proposta de R$ 250 milhões para
comprar a usina de Itiquira, mas foi vencida pela Brascan, que ofereceu
bem mais - US$ 288 milhões. A hidrelétrica, que pertencia à americana
NRG Energy, tem 156 megawatts de potência instalada e fica no Mato
Grosso. A energia produzida por ela já é integralmente comprada pela Copel.
O leilão da Cesp também está em análise na empresa. Mas há alguns
poréns: o preço mínimo foi considerado alto e a empresa é maior que a
Copel, que precisa de autorização especial para entrar como sócia
minoritária em qualquer empreendimento. Além disso, ela já foi barrada
no leilão da Cteep por ser estatal e mais uma vez prepara medidas
judiciais para poder ao menos entrar na competição. E estuda parcerias
para o negócio.
Outra operação em andamento é para a compra de quatro pequenas
distribuidoras de energia que atuam no Paraná. O executivo diz que os
valores envolvidos não chegam a R$ 100 milhões. Antes de concluir as
negociações, no entanto, Ghilardi espera poder iniciar as obras da usina
de Mauá, de 361 MW, que venceu em 2007 em parceria com a Eletrosul e na
qual será investido R$ 1 bilhão. A construção deveria ter começado em
novembro, mas uma pendência judicial impediu o andamento do cronograma.
O Ministério Público Federal exige estudo integral da bacia do rio
Tibagi, mas a Copel argumenta que isso não é de sua responsabilidade,
mas do governo federal, que irá licitar outros trechos. "Se passar de
março, ela pode não entrar em operação no início de 2011, como estava
previsto." Segundo ele, o assunto está na Advocacia Geral da União. Para
2008, Ghilardi espera a licitação de mais três usinas no Paraná. "A
Copel irá se habilitar para ganhar", diz.
http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocaderno/Copel+vai+utilizar+rede+para+oferecer+conexao+de+telefone+e+internet,,,62,4799492.html
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