(Araucaria) PRATICA DO DX - QUALIDADE DE OPERAÇAO

Nelson Otavio Maia py5ca em terra.com.br
Segunda Maio 7 08:47:38 BRT 2007


Atilano,
 
Uma sugestão:
 
No próximo encontro, em indaiatuba, termos um módulo de PRÁTICA DE DX EM
DX-EXPEDITIOSS. Seria muito importaqnte. Não que os companheiros não
saibam operar, mas num modulo desse onde seriam dadas as dicas e macetes
de como caçar a expedição. Sendo o palestrante nosso "GURU"(Você) e
auxiliado por outros "cobrões"..
 
até
 
Maia - PY5CA

----- Original Message ----- 
From: PY5EG <mailto:py5eg em iesa.com.br>  
To: Araucaria DX Group <mailto:araucaria em inepar.com.br>  
Sent: Monday, May 07, 2007 8:25 AM
Subject: (Araucaria) PRATICA DO DX - QUALIDADE DE OPERAÇAO

Meus prezados companheiros:
 
Tenho acompanhado os'vários comentários na lista sobre a operação BS7H,
e a escorregada para o assunto da prática do DX - (abastados ou não)
Embora respeite a opinião de todos os companheiros me permito tecer
alguns comentários, com base na minha prática de DX por quase 50 anos.
1) O aspecto que mais me encanta no radioamadorismo no mundo selvagem de
hoje, e a evidencia de pertencermos a uma comunidade em que não existe
(ou quase não existe) o preconceito econômico, social, religioso e
político. Temos em nossa comunidade um convívio espetacular entre Reis,
profissionais liberais, políticos, abastados, não abastados, religiosos
das várias seitas, todos imbuídos do propósito de fazer amigos.
Realmente, pertencemos a uma das poucas comunidades em que a igualdade
impera . Graças a Deus sou radioamador.
2) Talvez por desconhecimento da maioria ou falta de análise,
alardeou-se a tese de que os Honor-Roll seriam os abastados. Ledo
engano. O Olavo PY5GA até pouco tempo atrás elaborava a relação anual
dos companheiros do Honor-Roll e agora o PY2YP deve ter esta relação
onde pode-se observar que; primeiro, TODOS são ótimos operadores,
segundo, a vasta maioria são pessoas comuns que com a sua renda, pagam
os pesados impostos brasileiros e sustentam as suas famílias; terceiro,
são TODOS perseverantes e que sacrificam suas noites para trabalhar
algum país faltante; quarto, a vasta maioria operam com tribandas e
poucos possuem monobandas e uma ínfima minoria podem se dar ao prazer de
dispor de várias antenas.
3) Alguns dos meus principais ídolos do radioamadorismo DX, PT7YS (SK),
PY7EC (SK), PY7ZZ, PY5GA, PY4VX, PT7WA , sem citar tantos outros, vivem
modestamente  e tem estações, algumas até precárias e alguns de nós
acham que fazem milagres. Recentemente todos nos parabenizamos alguns
novos companheiros que ingressaram no seleto TOP HONOR ROLL. Examinem as
vidas desses companheiros e reflitam se o dinheiro teve alguma
importância em suas conquistas!.
Não devemos deixar que a má informação erroneamente distorça o nosso
pensamento. Vamos nos esforçar para que o radioamadorismo mundial e
brasileiro continue sendo uma das poucas comunidades em que a classe
social NÃO IMPORTA.
 
Agora, se me permitem alguns comentários sobre a caça as figurinhas e
mais particularmente a operação BS7H
 
1) Sim a operação teve suas deficiências, pois vários dos operadoras não
tinham experiência em expedições e não tiveram o treinamento necessário.
Cabe lembrar que a difícil viajem e as precárias condições operacionais
afastaram vários grandes operadores, que por sua vez deram oportunidades
a potenciais talentos.
2) Sim a AS como outras partes do mundo tem sido descriminadas. Talvez
mais pelo fato da pequena quantidade e a não coincidência de
direcionamento de antenas com as áreas de maior densidade de QSOs.
3) Sem dúvida alguma o fato de nossa conduta nas operações de DX também
influem na descriminação.
4) A operação BS7H e N8S provocaram uma demanda extraordinária de
pile-ups que quase sempre se acumulavam por mais de 30 Khz.
5) A prática usual das expedições, justamente para dar oportunidade a
TODOS é a de não se concentrar em uma única freqüência de recepção, e
vez por outra chamar especificamente as áreas de maior dificuldade de
operação. Faltou muito a BS7H este ultimo critério. Chamavam somente EU
e somente USA, e muito poucas vezes especificamente outras áreas.
 
Com estes procedimentos e pelas leis de estatísticas

*	Se você ficar pulando aleatoriamente de freqüência de chamada
suas chances são mínimas. Nos momentos de intensidade do pile-up , via
de regra em BS7H pelos cálculos de W6OSP  estudioso em estatísticas tem
2 a 3000  chamando - Portanto suas chances são realmente mínimas. 

*	Se você mantiver uma mesma freqüência de chamada aumentam um
pouco suas chances. 

*	Se você colocar a sua chamada nas freqüências mais livres as
chances são ainda melhoradas. 

*	Claro que se você tem uma boa estação e usar a prática acima a
possibilidade de êxito melhora. 

*	Tudo isso sem se esquecer de anteriormente estudar os gráficos
de propagação para saber os melhores horários e em que banda. O PY2YP
tem feito um trabalho espetacular neste sentido. 

*	Também não se esquecer que para N8S e BS7H, infelizmente para
nos os horários melhores são aqueles de nossos sonhos. 

*	A melhor prática é a de localizar no pile up a estação que esta
sendo trabalhada pelo DX e chamar imediatamente no espaço BRANCO. Suas
chances aumentam consideravelmente. 

*	Sofisticando um pouco mais, podemos usar a prática anterior e
seguir mentalmente o procedimento de cada operador da expedição. Por
exemplo o MARTTI trabalha uma estação numa determinada freqüência e
tenta escutar outra na mesma freqüência . Se o pile up é muito intenso
ele varia levemente para cima ou  para baixo para trabalhar a próxima.
Observando isto por alguns minutos você acaba sabendo se ele esta
subindo ou baixando e dessa forma as suas chances são significativamente
maiores. 

*	Ha algum tempo quando morava em Curitiba, nos tínhamos um
treinamento muito interessante. Fazíamos em 5 ou 6 operadores um
concurso na mesma estação, ganhando a competição o operador que
trabalhasse a estação de DX no menor tempo com o número mínimo de
chamadas. O numero de chamadas tinha um peso ponderado X e o tempo um
numero ponderado Y. Era um treinamento interessantíssimo e gratificante.


*	Na minha opinião, disponibilidade de tempo, perseverança e
qualidade operacional são OS PONTOS DE MAIOR IMPORTÂNCIA


Seguramente treinando estas práticas as nossas chances serão muito
maiores.
 
Quando a expedição BS7H iniciou a operação eu estava viajando, sem
portanto acompanhar a mesma a não ser após a minha chegada que foi no
dia 2 de Maio a noite.
 
Invariavelmente os sinais eram bem fracos, e para mim nestes dias os
sinais mais fortes foram em 40 e 30 metros.
 
Regulares sinais em 17 metros e em virtude de várias vagens não pude
trabalhar a noite e madrugada, melhores horas para 20, 15 e 10 metros.

Trabalhei a expedição nos seguintes dias e horários:

BS7H	 5/2/2007	 22:51	 15m	 SSB	
BS7H	 5/2/2007	 22:52	 15m	 SSB	
BS7H	 5/3/2007	 00:45	 20m	 SSB	
BS7H	 5/3/2007	 01:00	 20m	 CW	
BS7H	 5/3/2007	 01:41	 15m	 CW	
BS7H	 5/3/2007	 01:50	 20m	 SSB	
BS7H	 5/3/2007	 20:50	 40m	 CW	
BS7H	 5/4/2007	 21:38	 40m	 SSB	
BS7H	 5/5/2007	 18:39	 30m	 CW	
 
Um abraço
 
Atilano


PY5EG 
Atilano de Oms 
py5eg em iesa.com.br 

 

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