(Araucaria) PLC no RS
Fabiano Viana
Fviana em fras-le.com.br
Segunda Julho 9 08:26:35 BRT 2007
Bom Dia a Todos
Segue em abaixo matéria editada no Caderno Globaltech do Jornal Zero Hora de Porto Alegre/RS, em 09/07/2007.
Ou acessem o link:
http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=8064&template=&start=1§ion=Globaltech&source=Busca%2Ca1553868.xml&channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=172&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=
Boa Leitura
73/DX
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Baependi Radio Scout DX Team
Tecnologia
Internet elétrica
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Power Line Communications (PLC) é uma tecnologia que utiliza a rede elétrica para transmitir dados e voz em banda larga. Ou seja, os mesmos fios que abastecem uma casa de luz podem ser usados para - numa freqüência diferente à da transmissão de energia - se conectar à Internet.
A tecnologia foi criada na Grã-Bretanha nos anos 90, e já é usada em países europeus, Estados Unidos e Japão. Uma das grandes vantagens da PLC é que qualquer ponto ao longo da rede elétrica pode se tornar uma conexão. Basta plugar o equipamento de conectividade (normalmente um modem) à tomada. Além disso, o sistema utiliza uma infra-estrutura já instalada e amplamente distribuída (97% dos brasileiros têm acesso à energia elétrica), o que torna a PLC uma esperança para fazer a Internet chegar aos rincões mais remotos, onde não há telefonia fixa nem sinal de telefone móvel.
Mas existem ainda muitos problemas a serem resolvidos, como ficou claro durante o 8° Seminário de Tecnologia Power Line Communications, realizado semana passada em Porto Alegre. O maior deles é a interferência. O temor é de que a PLC transforme a rede elétrica numa grande antena, poluindo o sinal de outros equipamentos que utilizam radiofreqüência, como receptores de rádio, telefones sem fio e alguns tipos de interfone.
A Labre, entidade que reúne radioamadores brasileiros, chega a prever o fim do radioamadorismo no Brasil. Toda a parte da banda de rádio de onda média (1,7MHz a 3 MHz) e toda a onda curta (3MHz a 30 MHz) ficariam completamente prejudicadas e inutilizáveis.
Além de interferir, o sinal da PLC também pode sofrer interferências de eletrodomésticos como chuveiros, reatores de lâmpadas fluorescentes, motores de escova, dimmers de luz, secadores de cabelos, aspiradores e furadeiras elétricas.
- Um dos obstáculos ao avanço da PLC é que ainda existe muito ruído interferindo nas transmissões. Será preciso purificar o sinal - reconhece André Imar Kulczynski, presidente da Procergs, a empresa de processamento de dados de Porto Alegre.
A Procergs é uma das pioneiras no uso da PLC no Brasil. Desde o fim do ano passado, em associação com a CEEE, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Senai, vem realizando uma experiência com o uso da tecnologia na Restinga, bairro da zona sul da Capital. Já são 3,5 quilômetros de rede, partindo da subestação da CEEE. O projeto utiliza equipamentos de primeira geração, fabricados pela Mitsubishi (e distribuídos no Brasil pela Hyper Trade Telecom) para eliminar os ruídos de transmissão. O monitoramento feito pela UFRGS não registrou, até agora, nenhum caso de interferência.
- O projeto já deixou a fase de experiência e virou realidade - diz Kulczynski, ressaltando o aspecto social da iniciativa.
Quatro pontos da Restinga estão conectados à rede: a escola municipal do bairro, o posto de saúde, a escola técnica do Senai e o centro administrativo da prefeitura. Nesses locais, a população tem acesso à Internet e pode consultar os terminais de auto-atendimento da prefeitura e da CEEE, obtendo documentos, segundas vias, alvarás e outros serviços.
Nos planos para o futuro estão um projeto de ensino à distância e um de telemedicina, em convênio com o Hospital Presidente Vargas. Os médicos acompanharão, via Internet, em tempo real, os exames de ultra-som de gestantes feitos no posto de saúde.
- A tendência é de crescimento do projeto - afirma o presidente da Procempa.
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